Bitch Power

5 - 7 minutes readEla quis dominar seu mundo no kombate…

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BITCH POWER – n. 22

…mas tem o poder Mortal de tomar toda a existência!

Por Alessandro Chmiel

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Twitter: @AleXenite

 

Quer entrar no clima? Então fica ouvindo a trilha e boa leitura!

 

Quando a série Mortal Kombat pulou para o mundo 3D no quarto jogo da série, uma nova legião de fãs surgia na frente dos consoles. A essência do kombate continuava intacta, mas com toda a mobilidade, gráficos e jogabilidade macia que o 3D pode fornecer. É claro que os produtores do game de luta mais sanguinário de todos os tempos trariam a memorável Sonya Blade, seus golpes fortes como a gente bem viu na GP nº. 06. Trazer apenas uma moçoila para o 3D contra um bando de marmanjos seria uma afronta aos fãs de MK, e na sede de inovação, a guerreira Tanya ganhou vida.

            E que vidão, hein? Filha de um embaixador de portais entre-mundos em seu mundo, Edenya, Tanya cresceu com tudo que um ser humano (ou uma variação edenyana disso) necessitava. No meio das inevitáveis guerras que seu pai e outros imperadores geravam em busca de poder – principalmente através dos torneios do Mortal Kombat –, a bela negra só pode ter se dado conta de que seu destino era domar as artes da luta e preparar-se para os conflitos iminentes que a vida lhe traria. Inserida numa sociedade em sua maioria corrupta, não demorou para que ela também caísse nas mãos da soberba, desejosa de poder. E não é à toa que a personagem é considerada a menos confiável de toda a série MK.

 

 

            Na função de trazer grupos refugiados de outros mundos cheios de sofrimento para dentro da tranqüilidade de Edenya, Tanya “sem querer querendo” (traindo nesse meio tempo a confiança da Rainha Sindel e da Princesa KitanaGP nº. 07) trouxe o inferno junto de um dos grupos. Tanya viu sua oportunidade de ascender quando Shinnok, um poderoso feiticeiro e antigo deus caído, ressurgiu do submundo entre esses fugitivos por meio de um amuleto mágico, ansiando retomar uma guerra com um antigo deus do trovão, o pai de Raiden. Tomando conhecimento da grande força nas mãos do mago Shinnok, Tanya ofereceu secretamente seus serviços a ele (não esse tipo de serviço que você pensou…). Passando-se por fugitiva, Tanya aliou-se aos guerreiros da Terra, especialmente Liu Kang. Sua intenção era levar o guerreiro campeão a uma armadilha onde, sem saída, Liu Kang seria literalmente estraçalhado, reduzindo as chances de vitória para os discípulos de Raiden. Sem dúvida, Tanya acabaria dando um jeito de passar por cima de seus comandantes e tomar o tal amuleto mágico para si, mas não foi o que ocorreu…

  

            Tanya então foi desmascarada, e seguiu fora de kombate durante o torneio de Mortal Kombat Deadly Alliance, servindo apenas como reforço (assim que a Aliança Mortífera a chamava – ela preferia o termo embaixatriz) ao espalhar os propósitos de Quan Chi e Shang Tsung, que formavam essa aliança. Com o retorno do lendário Rei Dragão (no sexto game da série, Mortal Kombat Deception), Tanya ressurge para ajudar… E quem mais seria, senão o Rei Dragão, Onaga? Ok, ela foi pega de surpresa por Baraka o monstro servo de Onaga, e sua horda de tarkatans, que a puseram numa enrascada: ou ela jurava fidelidade a Onaga, ou encontraria a morte certa. Sábia que só ela em sua maldade, Tanya parte junto a Onaga em busca de conhecimento. Lembrando: só o fato de ela ajudar o Rei Dragão compromete sua traição à Aliança Mortífera. O perfil dessa bitch é pior do que vilã de novela (ver Flora na BP nº. 02)! No final não oficial de MKD, Onaga encontra o que procurava, mas no último instante é traído por ELA, que assume seu legado tornando-se a Suprema Senhora de todos os universos. Só para um “gostinho” do que estava por vir caso ela fosse a campeã de Mortal Kombat Armageddon, o ultimato entre os kombatentes: Tanya tornar-se-ia a Invocadora de Dragões, e com um mero pensamento traria dragões adormecidos e etéreos à forma física, e logo os grandes senhores da guerra de todos os universos a chamariam de Mestra. É tudo ou nada com essa bitch.

            No Xenaverse, quando a palavra traição vem à tona, César, interpretado pelo galã Karl Urban, encabeça a lista de personagens. Nas observações da Mary Anne (obrigado!), o golpe aplicado em Xena (aka primeira crucificação!) repercutiu por toda a vida dela, e temporadas após temporadas resgataram esse ato do vilão, garantindo que Xena nunca confiasse outra vez no imperador. Será que alguém ainda vai seguir confiando na Tanya daqui pra frente? Vamos combinar: ela traiu o mundo de Edenya (aí vão Sindel, Kitana, e especialmente a defensora Jade), depois veio Liu Kang e todos os guerreiros da Terra no conjunto, e trairia por certo Shinnok e Quan Chi, a quem traiu juntamente com Shang Tsung, também traído na aliança com Onaga, que acabou, que dúvida, traído por ela no fim das contas, sem mencionar o tal do Shujinko no passado quando ela ainda nem era muito renomada e… bom, fidelidade NÃO É com ela.

            Creio que Tanya sofreu bastante pelo meio em que vivia – corrida pelo poder, força, morte, sofrimento –, mas a escolha do lado em que ficou foi dela, e somente dela. Com tantos guerreiros lutando pelo bem, por que Tanya não escolheu ficar ao lado deles? Afinal, com 10.000 anos de experiência (sim, ela é bem velhinha) e treinamento, as artimanhas do combate seriam fundamentais na luta contra quem fez seu próprio mundo, Edenya, cair. Por mais que ela justifique suas atitudes como “sobrevivência”, ela contribuiu, no fim das contas, para que esse mundo apodreça de dentro para fora também, e cabe aos heróis impedirem-na.

 

            Dentre as habilidades de Tanya constam as artes marciais Zi Ran Men e Yue Chuan, e ela utiliza as armas Kobu Jutsu (na imagem mais abaixo; para conferir as habilidades da guerreira má, assista a uma luta mais que sangrenta, Tanya vs. Jade, em Mortal Kombat Armageddon. Jade, a propósito, será uma futura GP, e tem rivalidade especial com essa bitch). Tanya já utilizou um bumerangue em MK4, e eu sempre dizia “dá uma de Xena agora!” (ela tentou ficar mais parecida no cabelo posteriormente, não acham?). Quanto aos famosos fatalities… bem, confiram por vocês mesmos os fatalities da Tanya, incluindo o suicídio Hara-Kiri de MKDsó para maiores, ok? E aumenta o som!). Para somar, Tanya tem o poder de lançar bolas de fogo das mãos e é uma das poucas personagens que pode ficar invisível, ao envolver-se no fogo. Excelente na hora do Fight!

            Curiosidades: o nome da lutadora, assim como o de Sonya, foi dado em homenagem a uma das irmãs do criador Ed Boon, Tania. Sua voz é dublada por Lia Montelongo em MK4. E puxando pro lado pessoal: em MK4, minha dupla era SEMPRE Sonya e… bingo! Não tinha pra ninguém (tá, de vez em quando elas explodiam nas minhas mãos…)!

Espero que tenham gostado (ou detestado mesmo) e simpatizado com mais um perfil das bitches do incrível universo de (IM)Mortal Kombat! Deixe seu comentário, é muito importante pra sobrevivência da Revista Xenite! (E para a sua também, ou eu prometo que a Tanya vai invisível até sua casa para brincar com seus fêmures também – credo, nem brincando!!) Bom estar de volta a RX, e até mês que vem!

 

 

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