Entrevistas

13 - 18 minutes readEntrevista Mary Anne.

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Por Lucy

  Chegamos a 5ª edição da RX. Quem diria? Devemos nos orgulhar muito disso, afinal cada um colaborou com suas idéias, suas habilidades, conhecimentos, novidades. Nessa edição a entrevistada foi a nossa Colunista geral, resenhista , webdeveloper e grande amiga xenite Mary.
Ela cultivou o respeito e a admiração do fadom brasileiro com suas novidades e conhecimento sobre a série.
Este mês também temos mais uma novidade, os Xenites também tiveram a oportunidade de mandar suas perguntas pra Mary, inédito! Agora vejamos no que deu! 🙂

R: Olá Mary! Como foi que tudo começou? Quando você começou a assistir a série?

M: No começo de 2006. Eu ouvia diariamente na escola uma amiga minha dizendo que iria chegar em casa, se jogar no sofá e assistir Xena. Ficava imaginando o que de tão incrível havia em Xena, coisa que as memórias dos poucos episódios que vi quando criança não me esclareciam. Um dia mudando os canais de TV acabei parando na Record. Passava algum episódio da segunda temporada .Comecei a assistir e virou hábito. Depois virou paixão.

R: Então a sua visão sobre a série mudou muito. Você poderia explicar essa diferença em relação a quando era uma criança e a mais tarde quando virou um hábito e uma paixão?

M: Na época em que passava no SBT eu não dava muita importancia pra tv. Minha mãe assistia Xena e Hércules semanalmente, e consequentemente eu às vezes parava pra ver algum episódio. Lembro de poucas coisas, episódios como Destiny, The Quest, Lost Mariner… Mas com 09, 10 anos não se tem uma visão muito profunda da mensagem que a série passa. Antes, o que eu via era apenas duas garotas dando porrada nos bandidos. Agora são duas garotas vivendo situações extremas que não se resumem a ação, mas sim trazem mensagens sobre amor, perdão, amizade, além de todo aspecto mitológico da série, o que para uma amante da mitologia, é um prato cheio.

R: Sua mãe assistia a série? Como assim?

M: É, mais ou menos isso. Lembro de eu tentar raptar a tv algumas vezes para jogar video game e ela quase me fuzilar com o olhar porque estava passando a série e ela queria saber a continuação do que ocorreu na semana anterior.

R: Quando começou a entrar em sites e fóruns para discutir a série?

M: Logo que comecei a ver a série. Sempre que gosto de algo começo a pesquisar o máximo sobre o assunto. Mas só comecei a participar mais assiduamente, postando, a partir de abril de 2006 mais ou menos.

R: O que te levou a ir até a comunidade “Xena não era lésbica” e discutir a sexualidade dela?
M: Encontrei-a nas relacionadas de outras comunidades, como encontrei várias comunidades de títulos interessantes. Sempre dou uma olhada nos tópicos e algumas mensagens lá me chamaram atenção, pois haviam argumentos completamente “viajados”, coisas bem sem nexo sendo falada por gente que ostentava uma posição de dono da verdade. Eu não resisto e uma boa discussão e fui lá “desmontar alguns argumentos”. Não que quisesse fazer alguém pensar diferente, mas achei que seria uma “batalha interessante”. Isso me rendeu boas risadas por várias semanas, porque o povo se estressava e os argumentos ficavam cada vez mais ridículos. Até que apareceu a Laraíne, a primeira shipper de lá com quem consegui ter uma conversa realmente. Com argumentos bem fundados. E foi algo legal, porque de nossas conversas surgiu a UX, que se tornou um espaço para discutir aspectos mais sérios sobre a série.

R: Qual sua opinião em relação a visão dos shippers? Você pensaria como eles? Você concorda com eles em algum aspecto?

M: Com a bagagem que tenho hoje, jamais pensaria igual. Toda a interação entre Ares e Xena na série é tóxica, violenta e abusiva.

R: Então hipoteticamente falando, o que você acharia interessante na relação de Ares e Xena?

M: Até a terceira temporada Ares era deliberadamente mau. Ele agia como deus da guerra, irônico, sarcástico, determinado.Ficava entendido que ele gostava da Xena, mas ele ainda tinha aquele aspecto obscuro, venenoso. A Xena dessa temporada ainda não tinha um desenvolvimento espiritual tão grande quando desenvolveu na quarta. Podia ter recaídas em seu lado negro. Era algo com o que ela tinha que lutar. A resistência dela a esse magnetismo é didática, é sobre você não concordar com abusos. Então eles juntos nunca seriam aceitáveis, do ponto de vista social.

Aninha pergunta: Em qual episódio ela sentiu que Xena e Gabrielle se amam mais do que amigas… e como  se sentiu depois disso?

M: Logo nos primeiros episódios que assisti em 2006. Acho que em especial “Lost Mariner” – por causa do sacrifício da Xena e do discurso do Cecrops sobre a salvação através do amor – e em “Ulysses”, por pior que seja o episódio – com Xena dizendo a Gabrielle que só aprendeu a amar por causa dela. Eu sempre tive mania de ler nas entrelinhas do tudo que leio/assisto, coisa de quem gosta de literatura, então a percepção foi quase imediata. Como me senti? Animada com a perspectiva de representatividade. Mas apenas esperei pelos próximos episódios pra ver se minha suspeita se confirmava ou eu que estava viajando.

R:E quando percebeu que não estava “viajando”?

M:Eu assistia os episódios com muitos intervalos na época, porque trabalhava três dias na semana e só assistia nos outros três que sobrava ( passava no sábado).Acredito que tenha sido na terceira temporada. A cena de Been There Done That onde Joxer pergunta do chupão, e em The Debt onde Xena estende o braço procurando Gabrielle enquanto dormia.

R:Você prefere os subtextos mais dramáticos ou mais engraçados?

M: Acredito que meio a meio .A Day in the Life é um episódio muito bom  – não só pelos subtextos – cheio deles. When Fates Collide, é quase Shakesperiano e igualmente bom. Acho que depende mais do roteirista.

Déh pergunta: Como você se sente sendo uma das pessoas mais importantes dentro das comunidades das quais faz parte, sendo um exemplo pra muito de nós?

M: Bom, pra começar não me acho tudo isso. Todos os fãs são importantes, pois cada um deles é que faz as comunidades. Sobre minha participação no fandom, eu sou apenas uma apaixonada pela série, tudo é conseqüência disso. Fico feliz quando posso trazer mais informação ao fandom e ajudar outros fãs, mas isso não me torna mais importante que ninguém.

R: Qual foi a coisa que você mais gostou de fazer para o fandom?

M: O meu objetivo sempre foi conseguir reunir o máximo de informação possível. Tem muita coisa no fandom estrangeiro as quais os fãs brasileiros não têm acesso por causa da barreira da língua ou por não terem conhecimento de onde procurar mesmo. Através dos sites, sempre tentei dar esse acesso aos brasileiros, mas não fiz isso sozinha. Sempre teve muita gente envolvida. Minha meta sempre foi conseguir fornecer uma espécie de “Whoosh Brasileiro” pra galera daqui.

R: Os xenites te admiram muito e são muito gratos por tudo que você acrescenta sobre a série. Você tem algo a nos agradecer também? Aos amigos que você fez? A todos os xenites que você conheceu? O que agradeceria a eles? O que você admira neles? O que o fandom acrescentou na sua vida? Você pode dar exemplos?

M: Óbviamente eu agradeço a todos, pois com todo mundo se aprende um pouco.Tive muitas conversas agradáveis com xenites, ainda tenho, agradeço a todos pelas ideias boas que foram dadas, como os sites que foram idéias do próprio fandom, como a Revista que foi idéia da Mary Stocks, as carteirinhas que foram idéia do Robson. Os fãs brasileiros são admiravelmente apaixonados e sem dúvida fizeram minha vida mais alegre. Não tem um dia, por mais ocupado que seja, que eu não dê uma zapeada pelas comunidades.

R:Em que aspectos Xena influenciou na sua vida?

M: Xena entrou na minha vida num momento complicado. Ou melhor, ela me ajudou a passar por esse momento. Primeiro pelas mensagens de amizade incondicional e perdão que a série transmitia, o que me ajudaram muito e segundo porque de algum modo XWP se tornou uma espécie de foco. Na época que iniciei o projeto do primeiro site – o Xenamovie – eu procurava desesperadamente algo para ocupar minha mente o máximo de tempo possível, e encontrei algo prazeroso, a que eu pude me dedicar e que me ajudou a passar por um momento difícil.

R: Então Xena foi como uma terapia?

M: Em certo aspecto sim. Terapia, Hobby…acredito que possa ser definido de várias formas.

R: No seu dia-a-dia, o que te faz pensar: “O que a Xena faria?” ou “O que Gabrielle faria?”. Isso acontece?Você poderia dar exemplos?

M: Quando vejo alguma injustiça muito grande no dia a dia fico imaginando o quanto seria bom ter uma Xena ali pra dar uma dura -ou uma surra bem dada em alguns casos –  em quem a comete. De uma maneira menos “prática” e mais teórica, faço faculdade de letras e todos os conceitos de Literatura que vejo nas aulas, fico imaginando como se aplicariam na série.

R: Você poria dar algum exemplo de algum livro que tenha lido e tenha te feito lembrar da série?

M: É engraçado, porque eu acabo vendo “ubers” – possíveis reencarnações – em vários filmes e livros .
Por exemplo, “Por quem os sinos Dobram” de Ernest Hemingway, retrata um casal, Robert e Maria, que viveram um amor intenso num período de guerra, o qual acaba em sacrifício.Impossível não fazer um paralelo. Também há o conto “A Aparição da Senhorita Veal” de Daniel Defoe, que basicamente narra uma situação muito parecida com The Quest.

R: O que você faz quando pessoas de fora criticam a série?

M: Mando irem assistir novela,  e digo que estou muito bem com Xena porque eu consigo entender o que a série passa.

Laraine pergunta: Após XWP, você descobriu algum lado seu que não conhecia? Você acha que ajudou no seu crescimento como pessoa?

M: Algum lado exatamente não, mas sem dúvidas ajudou no meu crescimento. A série me ensinou lições preciosas e únicas. Hoje sou uma pessoa mais tolerante, aprendi a perdoar e a aprendi que por pior que seja uma pessoa, ela tem em seu interior um lado bom, que pode ser despertado.
XWP me ensinou a acreditar mais nas pessoas. Me fez acreditar que num mundo quase caótico como o de hoje, ainda existem pessoas boas, sensíveis e que prezam os valores de amizade e amor, pois foram muitas pessoas assim que conheci como companheiros de fandom. Acreditar no mundo tem se tornado cada vez mais difícil, mas XWP me ensinou isso.

Laraíne: Até que ponto você acha que os preceitos de XWP podem ser incluidos na vida dos xenites?

M: Parafraseando o mestre Eli, o amor é o caminho.A frase pode parecer simples e até boba, mas é isso que deveria ser incluso na vida de todos, o que resolveria boa parte desses problemões do mundo, mais ou menos como diz a música daquele comercial da coca-cola “give a little love and it all comes back to you”.
E não, não me refiro a um tipo só de amor. Houveram tantos exemplos na série! O amor que Xena sentia por Gabrielle e vice-versa – seja ele visto da forma que for – é provavelmente aquilo que todos almejam. Mas ainda tem o amor que ambas sentiam por todos os amigos, pelos seus pais – ainda que houvessem problemas – pelos seus filhos – fossem quem fossem, crianças, demônios, assassinos – . O amor pela humanidade, a cada batalha pelo bem supremo. O amor pelos irmãos.Todos os outros preceitos da série, derivam desse sentimento. A amizade,o perdão, a redenção, a salvação.
Se isso fosse aplicado na vida de todos, não existiria tanta gente infeliz. Não existiria gente com orgulho demais para dizer que ama um amigo, para perdir perdão e para perdoar. Existiria mais gente acreditando em si mesma, porque alguém acreditou antes.
Eu acho que esses são os principais ensinamentos que foram passados nesses seis anos de série, seja nos episódios mais dramáticos onde as personagens vão aos extremos, seja nos episódios mais “bobinhos”. É uma pena que exista gente que não entende essas mensagens, que se preocupa em reclamar pelos efeitos da série não serem tão bons quanto os das séries e filmes superficiais e vazios que eles assistem.

Laraíne: Em que ponto chave da série você percebeu que não poderia ser uma não subber?

M: Desde que percebi a intensidade do relacionamento das duas personagens, o que foi logo que comecei a ver a série. Mas teve aqueles momentos extremos em que dava pra pensar “É, elas se amam de todas as formas que é possível amar alguém”, como o sacrifício de Gabrielle no final da terceira temporada e o estado de Xena buscando por ela no começo da quarta. Acho que esses foram os momentos mais marcantes que vi enquanto ainda assistia pela TV.

R: Qual frase mais te marcou?

M: Vou citar duas que tem significados em áreas diferentes. “A vida é eterna, não tem começo e nem fim. Os amigos amados que encontramos em nossa jornada retornam para nós tempo após tempo.Nunca morremos, porque nunca realmente nascemos”. A maior parte da minha vida estive em contato com conceitos espíritas e quando escutei essa frase até ri, pois era exatamente o que eu acreditava. E a outra é curiosamente uma frase do Ares é algo no que eu sempre acreditei. “Não. A vida não é digna de se viver. Ela é para ser tomada e surrada.  E combatida e formada na sua imagem. É aí onde o sentido repousa. No que  você pode insinuar-se à vida. Para aqueles que simplesmente aturam a vida, sim: ela é uma piada muito sórdida. Mas para aqueles que a formam com a sua vontade, a piada está em quem se coloca no caminho”Sendo contra o comodismo.Se a gente ficar parado e não agir seremos feitos de gato e sapato pela vida.Quem quer ser alguém tem que sair na chuva, se molhar, correr atrás….surrar a vida.Extrair dela o máximo de conhecimento, de força, de aprendizado.Não apenas aturá-la, mas explorá-la.

R: E a Callisto? Qual sua visão em relação a essa personagem? Fez tanto mau. Mas você acha que ela tinha seus motivos para ser louca?

M: Callisto não era má. Ela foi feita má. Má era a Alti, por exemplo, a maldade em Alti era intrínseca. Callisto foi corrompida pela dor, pela vingança. É uma personagem de determinação admirável. Irônica, com boas tiradas, uma vilã que agrada. Psicopata.

R:Você se identifica com ela em algum aspecto?

M: Na ironia. Algumas pessoas do fandom dizem que boto medo, por eu postar comentários irônicos as vezes.Não vejo razão pra medo. Mas não, não acho que eu tenha muito da Callisto.

R:E com Ares?

M: Não que eu consiga lembrar pelo menos hahaha

R: Com Joxer?

M: A Gab-Cêntricidade – viva os neologismos – hahahaha. Sem dúvida.

R: O que você mais admira na Gabby?

M: A evolução dela. Ela tinha um objetivo, um sonho e o seguiu até alcançar o desenvolvimento pleno dele. Personagem de complexidade psicológica imensa, é a mais redonda da série.

R: Você se identifica com a Xena em algum aspecto?

M: O unico que consigo pensar agora é o mau humor hahaha. Xena teve uns momentos de palhaçada, apesar de séria na maioria do tempo, eu sou assim também.

Tito pergunta: Qual temporada você mais gosta? Porque?

M: Quarta temporada eu acredito que ela foi meio que o auge da série. Porque ela tem aquele “gostinho” de Xena clássica ainda, mas já é possível ver uma evolução muito grande de ambas. Gabrielle já é uma guerreira, embora não saiba, e o fato de não saber a faça entrar naquela onda de pacifismo. Mas é uma temporada de evoluções e revelações. Traz episódios incríveis como os Sin Trades, a trilogia Indiana e Ides of March é de uma beleza e comoção vista em poucos episódios.

R :Existe alguma temporada que você não tenha gostado de ver?

M: A que menos me chama a atenção é a primeira. Foi o ponto de partida e tem episódios ótimos como Sins of Past, Greater Good, Callisto e Is there a Doctor in the House, mas os roteiros em sua maioria não tinham muita profundidade ainda.

R: Você tem algum sonho relacionado ao xenaverse que vc queira muito realizar?

M: ROUBAR TODO BANCO DE DADOS E COLECIONÁVEIS DA SHARON DELANEY! Enfim, tudo que um fã quer.

R:Se pudesse dizer alguma coisa pra Xena ou Gabrielle, pra quem seria? E o que seria?

M: Pra Xena e pra Gabrielle…”Obrigado por existirem . O mundo precisa de heróis.”

R: Se você pudesse ter escolher viver uma aventura ao lado delas, em qual você gostaria de estar ajudando? Em qual ep? Porque? O que faria para ajudar?

M: Pergunta interessante. O problema é ter de escolher UMA resposta haha. Mas, sendo um pouco egoísta…eu queria ter participado do FIN, para ajudar a Gabrielle a recuperar as cinzas antes e conseguir colocá-las na fonte antes que a Xena impedisse haha. Ou levando uma bateria extra no bolso pro final de You Are There.

R: Você mudaria alguma coisa na série? O que?

M:O final. Faria que o Steven Sears escrevesse o final da série.

R: E como ele escreveria?

M: Steven Sears já declarou que em sua versão do FIN, haveria uma batalha épica de diversos povos, amazonas, tribos, warlords. Algo que remetesse a famosa batalha de Corinto. Uma coisa digna de Senhor dos Anéis, segundo ele. Onde Xena morreria, para salvar Gabrielle, porque ela saberia que Gabrielle era a esperança do povo. Então Gabrielle se tornaria a grande líder do Mundo Conhecido, tendo Xena em espírito como guia . Acredito que os fãs conseguiriam aceitar isso melhor.

R: Qual o pior defeito da personagem Xena pra você?

M: O fato dela fazer tudo do seu jeito, deixando os outros nas escuras muitas vezes. Individualismo em excesso

R: E da Gabrielle?

M: A demasiada compaixão chega a ser um defeito muitas vezes. Como nos casos onde caiu na conversa da Najara quando já sabia que ela era má, apanhou da Tara e não conseguiu dar a surra que a Varia merecia.

R: Se não existisse Xena? Como pensa que seria sua vida?

R:Poderia mandar uma mensagem para os xenites do mundo?

M: Não deixem o fandom morrer. Cada xenite, em cada canto do mundo é especial, porque mostra como uma série que muitas vezes é taxada de “bobinha”, tem muito mais profundidade do que as pessoas pensam. Os que entendem a mensagem dela e são tocados de alguma forma são pessoa especiais que abriram suas mentes para várias mensagens valiosas que de um jeito ou de outro mudaram suas vidas. Preservem essas mensagens! Honrem o fandom.

R: Você descreva os xenite em uma só palavra?

M: únicos

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