Girl Power

6 - 8 minutes readEla também já foi uma vilã. Mesmo sem saber!

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 09

sOlá galera Xenite! Sem enrolação por hoje, apenas espero que gostem da GP desse mês.
Tudo começou em 2001, quando o então não-tão-famoso roteirista J. J. Abrams escreveu e produziu o episódio piloto de ALIAS, estrelando ninguém menos que Jennifer Garner no papel principal. Ao que parecia – e parece, para quem não conhece hoje -, a série era mais uma das infinitas produções na grade da programação americana sobre espionagem, bombas, CIA, terrorismo, missões impossíveis, algo como o intuito de fazer parecer que os Estados Unidos eram fortes e poderiam combater todos os males que enfrentavam na época.

sA história não é simples, mas resumirei pra vocês – sem spoilers! -: a agenteSydney Bristow (Jen Garner) trabalhou durante sete anos como agente de campo para uma companhia intitulada SD-6, que dizia-se uma brecha da CIA original especializada em operações mais sérias, sem complicações burocráticas ou “éticas” como a CIA. Pensem nisso como “o lado negro da força”. Num belo dia, Sydney Bristow sai de uma aula da faculdade de Literatura – sim, ela estuda e trabalha como agente secreta! – e é abordada por Danny Hech (Edward Atterton), seu atual namorado, que a pede em casamento. Sydney se vê confusa e oprimida, e decide contar para ele quem realmente é, implorando para que ele não deixe essa informação vazar.
Sydney, em meio a uma missão com seu parceiro Marcus Dixon (Carl Lumby), mal sabe que Danny deixa “escapar” o fato de Sydney ser uma espiã na sua secretária eletrônica. Arvin Sloane (Ron Rifkin), chefe da SD-6, tomando conhecimento do vazamento de informações da inteligência, manda acabar com a vida de Danny. Sydney, desesperada ao encontrar o corpo do noivo na banheira de sua casa, parte enraivecida ao encontro de Sloane, exigindo explicações. A justificativa do velho e poderoso homem é clara: Sydney ultrapassara o acordo de sigilo, e qualquer ameaça à instituição é considerada um vírus que precisa ser eliminado.
Estupefata com o que aconteceu, e carregando um grande peso de culpa, Sydney abandona a SD-6 para tentar uma vida “normal” como estudante. Perseguida no meio de uma garagem, Sydney é salva por seu pai, Jack Bristow (Victor Garber), que até então sabia-se tratar de um vendedor de peças de avião. É então que Sydney descobre a verdade: a SD-6 não faz parte do governo americano, ela é, sim, inimiga do estado. Isto é, Sydney Bristow trabalhou sete anos para o grupo a quem pensava estar enfrentando, trabalhando para o inimigo.
É aí que ela tem um plano: Sydney decide cumprir mais uma missão para a SD-6, no intuito de provar que ainda pode e quer trabalhar para a instituição. Missão cumprida, Sydney Bristow vai até a sede da CIA – a verdadeira CIA – e conta sua história. É desse ponto que nasce sua nova vida e seu maior perigo: Sydney Bristow se torna uma agente dupla, trabalhando primordialmente para a CIA, mas infiltrada na SD-6, mentindo para todos sobre o que faz, burlando missões da SD-6 em prol da CIA. Como parceiro nessa jornada dupla, alguém tão próximo mas também tão distante: seu pai, Jack Bristow, também é agente da CIA, e também é agente duplo na SD-6. Nada de vendedor de peças aviatórias. Para ajudá-la nesse trabalho extremamente arriscado, Sydney conta com o apoio de Michael Vaughn (Michael Vartan), um jovem agente da CIA que atua como suporte em tudo o que se passa no trabalho de Sydney.

sAchou pouco para uma grande série? Pode ser, mas há muito mais em jogo. Sydney Bristow é, sem dúvida, uma das personagens mais fantásticas que se pode conhecer. Numa vida de múltiplas personalidades, Sydney é obrigada a fingir o tempo todo, e ser uma pessoa diferente para cada um que conhece, desde o pai, o parceiro de equipe, os amigos da vida acadêmica e, principalmente, o chefe da SD-6, Sloane, o qual Sydney tem como objetivo primordial destruir, bem como a sede da SD-6. “Não é cortar um braço do monstro, isso é sobre matar o monstro”, palavras de Vaughn.

Sydney Bristow lembra a nossa Xena em muitos aspectos. No que se diz respeito às habilidades mentais, Sydney sempre está um passo à frente, com raciocínio rápido e perspicaz, além de falar diversas línguas. No combate, não é diferente. ALIAS usa um sistema mais “realista” de luta do que em XENA, com combates mais próximos e muita porrada forte. Uma das grandes diferenças entre Xena e Syd é que Xena, em grande parte do tempo, encara uma dezena de inimigos e não leva um arranhão. As lutas de Sydney, em contraponto, são bem mais pesadas, e ela apanha bastante até conseguir sair vitoriosa de um combate. Uma luta entre as duas? Difícil dizer quem ganharia. Mesmo mesclando os universos de batalha, ambas são ágeis, fortes e resistentes à dor. Eu opino que as duas sairiam arranhadas, com hematomas e cabelos bagunçados, mas caminhariam lado a lado dando risada depois de alguns minutos. Afinal, uma coisa que é indubitável em Sydney é que ela preza e muito o Bem Maior do mundo, e não vê descanso até colocar um ponto final numa rede de inimigos que se espalha a cada instante.
Fora dos assuntos mais obscuros de seu trabalho, não é exagero definir Sydney Bristow como um anjo. Não há nada de mais belo nos episódios do que o imenso sorriso reluzente dessa heroína. ssSeu bom senso assemelha-se com o de Gabrielle, no carinho com que trata as pessoas à sua volta e do verdadeiro poder da amizade em sua vida. As mesmas mãos que atiram, socam e sangram também sabem ser carinhosas, afetuosas e delicadas. Em um ponto Sydney não se compara à barda guerreira: Sydney foitreinada a sempre duvidar do caráter de todos que entram e passam por sua vida, inclusive pessoas da sua família, metida em espionagem até as gengivas!

 

s            A série acabou em 2005, deixando alguns fãs decepcionados com a falta de cuidado na elaboração de alguns episódios – e até de temporadas inteiras -, agradando mesmo a quem aprendeu a ser fã de Sydney, Jack e toda a trupe que todo dia arrisca a vida pra salvar o mundo. Culpo o diretor, J. J. Abrams, pela ausência de tato com que lidou com as últimas duas temporadas, onde focou toda sua atenção na sérieLOST. O curioso é que ele havia largado FELICITY no meio do caminho para produzir ALIAS, e a série não parece ter acabado tão bem. Muitos dizem que J. J. estragou ALIAS na elaboração e enfoque de LOST. E o que pode chocar ainda mais, J. J. Abrams está na equipe deFRINGE, mais uma série repleta de mistérios e drama, mesmo faltando duas temporadas para o fim de LOST. Confuso, muito confuso, mas talvez sejam problemas que todo seriado enfrente, ou, conclusão infeliz e mais provável, o senhor Abrams não consegue ir até o fim em suas magníficas criações. Para quem lembra de “The King of Assassins” da terceira temporada de XENA, uma das grandes vilãs de Sydney é Anna Espinoza, interpretada por Gina “Cleópatra” Torres. Os inimigos de ALIAS são um trunfo, desde o aterrorizante e sádico Sloane até a graça malévola do Sr. Sark – trocadilho com sarcastic.
Fica a dica para todos assistirem ALIAS (com o subtítulo de CODINOME PERIGO aqui no Brasil), que conta com as cinco temporadas nas melhores locadoras. IMPLORO para não assistirem a versão dublada: Sydney parece ter 17 anos e não convence você de nada do que fala, ou seja, você não acredita na heroína com essa voz descuidada e desrespeitosa para com a atuação digna dos prêmios que recebeu da mídia de Jen Garner, que também é conhecida por encarnar Elektra nos cinemas. Sydney Bristow foi, recentemente, escolhida como a agente civil mais querida pelo povo americano, derrubando até o nobre agente Jack Bauer de 24 HORAS. Quem curte games também encontra o jogo de ALIAS para PC e para Playstation 2.

 

s
“Sou sua pior inimiga. Eu não tenho NADA a perder”.
        Sydney Bristow, na inesquecível missão do episódio piloto, Truth Be Told.           

 Obrigado por chegarem até aqui. Votem, comentem, podem xingar que eu deixo e vocês têm direito. E quem não viu, dá uma conferida na nova seção, quase um GIRL POWER às avessas. Espero sinceramente, para quem chegar a assistir ALIAS e às aventuras de Sydney Bristow, que ela fique no coração de vocês para sempre, assim como ela ficará no meu. Até a próxima GP, com uma menina “animada” que bota pra quebrar – mesmo! 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 Comments

  • Danni Bacelar

    Eu adorava Alias, assisti todas as temporada. Lembro que eu loquei todas as temporadas e assistia com muita vontade. O Seriado era realmente bom, mas JJ, pra mim, destruiu a história.. largou de mão. E quando a serie mais tinha chances de crescer, mesmo com a Jen Grávida e tal. O final, foi ruim, mas eu realmente gostava do seriado.
    Adorei o Artigo 😉

  • leo

    Eu amo ALIAS, se duvidar é a minha segunda serie preferida de todos os tempos (a 1a é xena, claro). É simplesmente viciante, eu aluguei os primeiros ep. na locadora, q ficava longe de casa, e n parei ate o ultimo episodio da 5a temporada, a locadora me adorava, hihihi.
    A jennifer garner é linda demais, e o jogo pra play 2 é incrivel, tao viciante quanto o jogo da xena pra play 1.
    Nossa, q falta faz novas series como essa em minha vida………ta faltando uma nova garota poderosa pra salvar o mundo. Xena, Buffy e Ailas ja acabaram a muito tempo, e desde entao eu to órfao de series q me viciam. É uma pena, espero q surja logo uma nova heroina pra me salvar do tédio da vida normal!!

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