Girl Power

3 - 5 minutes readUma “lendária” heroína trash da terra dos olhos puxados! P de Power, P de Patrine – Estrela Fascinante!

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Por Alessandro Chmiel

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GIRL POWER – n. 18

00000            Preparem-se, Xenites, para a versão meu-pior-pesadelo-infantil relâmpago na GIRL POWER!
Ok, nada de pior pesadelo, afinal eu lembro de levar o prato para o sofá da sala e comer assistindo Patrine, há MUITO extinto da TV brasileira. Na época, meados de 1993, a Manchete, também extinta, exibia o nebuloso seriadinho japonês, inesquecível para muitas crianças da época – mas bem que você tinha esquecido, não é?
Patrine, ou melhor, Yuko Murakami – aqui no Brasil (vai saber lá por quê…) chamada de Sayuri Murakami – é uma tímida menina que mora junto dos pais e do irmão e irmã mais novos, Hideki e Tomoko. No episódio piloto da série (links no final do artigo), criada por Shotaro Ishinomori, Sayuri encontra um velho misterioso enquanto orava. O velho, admirado com a força e a pose da menina, sem nem dar “bom dia” nem perguntar “o que você faz da vida? Quer ser uma heroína?”, impõe sobre os ombros de Sayuri o fardo de ser a protetora da cidade (que está longe de ser uma Gotham City)! Abitolado, o velho explica ser o deus da referida cidade e que, agora, encontrara a menina ideal para encarnar Patrine, uma tal deusa protetora que tinha a força e a “coragem” (preste atenção nas aspas, é importante!) necessárias para combater as “terríveis” (olha as aspas de novo!) forças do mal. Ou assim dizia a lenda… (Abertura brasileira: <http://www.youtube.com/watch?v=65UgclPtWYY >).

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            Os inimigos de Patrine eram uma piada, do tipo que ia desde um ladrão de fitas de videogame (o que seria a premonição do apocalipse se surgisse na sua cidade, obviamente) até o Diabo do Inferno, arquiinimigo de Patrine que ficou malvado porque sua mãe (sim, mamãe querida do demo!) não ter deixado o pobre diabozinho tocar o sino de Ano Novo – ou alguma bizarrice assim (risco de surto no meu cérebro em meio a tanta pesquisa abobalhada sobre essa palhaçada que inventei de abordar na GP. Sigam lendo, por favor!). Eventualmente, Patrine ganha uma aliada, que era ninguém menos que sua irmã mais nova. O “mistério” (aspas…) se manteve até o último episódio… Espera, mistério para as duas mocorongas, a gente sabia desde o começo, por favor! Ambas guardavam suas identidades secretas uma da outra, ou seja, você luta com sua própria irmã e nem tá sabendo. Gente, é o trash do trash
O fato é que Patrine, de um jeito ou de outro, fez sucesso no Brasil – tá, um pouquinho só – e virou quase (agora não são aspas, é o itálico!) um cult como XWP, sendo até mesmo a possível precursora de Sailor Moon. Nas palavras dos escritores da JBox.com (link adiante):

            A série era um horror, uma atrocidade, um descaso com os telespectadores, um insulto, um… Ei, mas era legal! Quando eu assistia ainda era criança e eu não via tantos defeitos e me apaixonei por ela. Talvez essa seja uma virtude das crianças: não verem os defeitos que adultos babões como nós vemos.

            Para enriquecer o artigo, veja o que dizem sobre a série em < http://www.jbox.com.br/materias/patrine/ > (e é muito bem escrito! Quem quiser, leia com carinho que o texto é muito informativo e engraçadíssimo):

Já vimos o autor (que é uma cruza de Marlene Mattos com Reginaldo Rossi x_x) apresentar umas séries um tanto “trash” como Bicrossers e Machineman na década de 80, mas nada supera o que se assiste em Patrine (Powatorin com um sotaque meio francês no Japão – aliás, na França o nome da heroína significa seios XD). A série tem uma imensa lista de características que fazem dela a mais tosca das produções tokusatsu já exibidas no Brasil. Mas quem ta aí pra isso?

            Comparações com XENA?! Não vou arriscar meu lugar na RX comparando a moçoila de carnaval japonês com a nossa Princesa Guerreira. Fala sério, você esperava outra coisa? Tudo bem, UMA só: ambas lutam por amor (PRONTO, FALEI).

Divirtam-se/torturem-se/riam muito com o primeiro episódio dublado:
http://www.youtube.com/watch?v=3sluR_wKIwQ >
http://www.youtube.com/watch?v=xg4ea2NY4vc >

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            Votem (em uma estrelinha – estrelinha fascinante!) e comentem (esculachem mesmo, porque o resto a gente perdoa, menos a Patrine!), e mês que vem a gente se vê com a recente criação (ou cópia?) de J. J. Abrams nos seriados americanos. Perdão se alguém não gostou do meu desastrado senso de humor: a intenção informativa foi das melhores! Até dezembro!

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