Crônicas

3 - 4 minutes readPaixão Xenite

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Natasha T. dos Santos

Estava aqui pensando, pesquisando,a  R.X está tão rica, tantos artigos maravilhosos já foram escritos, discutidos, enfim, em que mais poderia ajudar a enriquecer nosso conteúdo Xenístico? Então simplesmente vou deixar fluir este artigo, artigo feito de coração de Xeníte para Xenítes!
Quando se começa uma verdadeira paixão? Pelo olhar? Magnetismo? Atração? bem isso depende de cada um, e quando se trata de algo que cresceu com a gente, que estava ali sempre do nosso lado, porém nunca demos a devida atenção necessária, foi assim que aconteceu comigo, quando descobri o meu real amor por X.W.P!
Quando tinha 7 anos de idade ligava a T.V na Record, e via aquelas cenas de lutas, cenas subber, shippers, porém, nunca imaginei do que se tratava, só sabia que era muito legal as lutas por mais que o efeito especial não enchesse tanto os olhos, sempre que ligava a T.V e estava passando, eu passava lá vendo o seriado, porém encarava como um programa de T.V qualquer a passar a tarde.
Até que cresci mais, em setembro de 2007, em uma tarde chuvosa, lá estava eu vendo a Record de novo, mas já havia um bom tempo que eu não assistia tal seriado, mas exatamente por volta das 16:00, lá estava ela, a Mulher de 1,80 de altura, olhos azuis cintilantes como um oceano, um pouco morena dos efeitos solares, cabelos negros como a noite, ela era…XENA!
O episódio era “One against an army” (uma contra o exército persa), o que sempre mais me chamava a atenção no seriado, as lutas, e naquele dia, era bem mais dialogo entre Xena & Gabrielle do que luta, mas pela primeira vez não me importei, vi o ep. Até o fim, e quando terminou falei: – “Ué, e o final disto tudo?”, pois aí entrou “A Friend in Need”, imaginem, eu quase não havia assistido mais Xena, não tinha assistido a 3ª nem a 4ª temporada toda ainda, quando voltei a ver, me encantei literalmente a ponto de esperar carregar o dia inteiro o episódio no Videolog pra mim dar uma conferida, e o pior, dar um jeito de ver escondida, pois sabia algumas partes do episódio, e não queria ser pega de “sopetão”.
Terminou de carregar por volta das 21:00, o povo na sala vendo novela, falei: – “Essa é a hora!”, comecei a ver….
Drama, lutas sangrentas, despedida, choro, efeitos especiais, de TUDO tinha naquele episódio, fiquei simplesmente fascinada com tamanho final adorável (exceto Xena ter morrido), Aquela Gabrielle guerreira, objetiva, determinada, foi um dos pontos que mais amei neste episódio, enfim, descobri em fim uma outra paixão assídua e ardente além de Evanescence/Amy Lee, descobri XENA-  Warrior Princess!
Minha família hoje em dia pede pra mim passar Xena (é isso mesmo, pede), diz que é um seriado totalmente cultural, e que a relação entre Xena & Gabrielle não afeta em nada o conteúdo (bem pra mim afeta, mas…), seriado escondido? Jamais.
Conforme, passado os anos, aprendi muito com Xena W.P, me ensinou o que é o valor de uma verdadeira amizade, o significado do amor, a vida infinita, a dizer não para o preconceito (já fui, e muito preconceituosa), enfim, quando me dei conta era uma completa Xeníte, não só viciada em assistir episódios de Xena e falar que ama o seriado por causa da “porradaria”, mas sim, eu entendia cada vez mais a mensagem que o seriado passava, e com estas, praticava em meu dia-a-dia.
Ser Xeníte não é só bater no peito e dizer que ama Xena e que amaria lutar como tal, ser Xeníte é muito mais do que simples palavras, são atos, ações, é entender o contexto do seriado, é ver e apreciar as cenas como se fosse da sua própria vida, e acima de tudo, praticar aquilo que o seriado tende a passar para os telespectadores.

Ser Xeníte é uma dádiva, não há nada melhor do que aprender com aquilo que amamos!

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