Boy Power

3 minutes readO defensor dos fracos, oprimidos… e sonhadores!

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 – por Aryane Mello

 

 

Ele não é super-herói. Não, ele não tem superpoderes. Não é musculoso e nem tem habilidades especiais. Não sabe manipular armas e muito menos praticar autodefesa.

Adam é um garoto como você, eu e muitos por aí. Seu dia-a-dia é típico de um adolescente comum: ama revistas em quadrinhos, freqüenta o ensino médio e sai para se divertir com os amigos em algum barzinho qualquer.

O problema é que ele e seus amigos, denominados “nerds”, são alvos constantes de mal elementos que roubam suas coisas e, por muitas vezes, batem nele. O tal conhecido Bullying.

Cansado dessa situação, Adam diz aos seus amigos que se ele tivesse dinheiro o suficiente, poderia comprar armas, uma boa roupa protetora e salvar o mundo de malfeitores, tipo o Batman. Os amigos caçoam dele, achando uma idéia legal, porém, impraticável. Afinal, superheróis não existem realmente, são fictícios, apenas criados para o divertimento do público e, claro, para o lucro da empresa.

Porém, a idéia continua firme e forte em sua mente e, logo depois de apanhar horrores e precisar colocar vários pinos em seu corpo, Adam decide colocar sua idéia em prática, mesmo sem dinheiro algum.

Em um site do tipo “mercado livre”, ele encontra uma fantasia de super herói  por um preço bacana e faz a encomenda, juntamente com dois “Chobos”, parecidos com aqueles que a Xena usa na luta contra a Rainha Melosa.

Na sua primeira tentativa como herói da cidade, tentando aliviar uma briga de 5 homens contra um, ele acaba sendo o alvo e apanha horrores. Mas aí alguém filma a briga e ele fica famoso por ser alguém tentando salvar a vida de outro ser humano sem ganhar nada com isso.

É exatamente esse o ponto! Adam, o Kick Ass, não se importa se ele vai se prejudicar com suas façanhas ou se, o fato dele não saber absolutamente nada sobre artes marciais, pode acabar com a vida dele. Pra ele, o que importa é o próximo. Ele é um Geek, um viciado em animes que quer colocar em prática todos os seus sonhos como fã.

Depois de um tempo, aparece na vida do Kick Ass a  maravilhosa, arrebatadora, equipadíssima e magnífica Hit Girl. (Girl Power Fev. 2011 – http://www.revistaxenite.com.br/?page_id=1098 ) Pois é, uma gurizinha de um metro e meio de altura salva a vida de Adam de forma estonteante! Ela é filha de um homem conhecedor da arte da dominação das armas de fogo e pegou todas as habilidades do pai… Pois é treinada por ele. E prova ao nosso Boy Power e a todos os telespectadores de queixo caído na frente da TV, que é possível SIM ser uma heroína nos dias de hoje.

(Na imagem: Big Daddy, Hit Girl, Kick Ass e Red Mist)

Temos então o exemplo de uma dupla “Xena e Joxer” dos tempos modernos.

Sim, ele tem a coragem, se define um guerreiro, um herói, um combatente do mal, um defensor dos fracos de oprimidos… Mesmo sendo ele, muitas vezes, o fraco e o oprimido.

O filme de Mark Millar e John Romita Jr. escancara-nos o fato de que todos nós podemos fazer a diferença. Não importa o seu tamanho, sua história, sua falta de habilidade ou dinheiro.

 

 

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