Ela surge como último recurso…
BITCH POWER – n. 28
…a eficiência feminina e vilanesca!
Por Alessandro Chmiel
E-mail: [email protected]
Twitter: @AleXenite
Revisão por Mary Anne
Dedicado àquela mais que digna de ser amada, Amanda Kopps (já dediquei um artigo pra ti, mas isso é pra mostrar o quanto tua amizade significa para mim).
Rosto conhecido no Xenaverse por ter interpretado a voluptuosa amazona e deusa Velasca, Melinda Clarke (42 anos completados nesse 24 de abril) encarna a Bitch Power de maio, Amanda. Se os artigos das Girl Powers Nikita e Alex ainda não lhe convenceram sobre a série NIKITA, ter tamanha ligação direta com XWP é praticamente garantia de uma experiência no mínimo curiosa e nostálgica. Afinal, assim como a ensandecida inimiga de Xena e Gabrielle – e até da Callisto! –, Melinda esbanja talento ao dar vida a essa perversa agente sênior da Division – empresa secreta que treina ex-criminosos e desaventurados para se tornarem assassinos e espiões profissionais, agência essa que criou Nikita e que também escalou Alex para o time de “reformados”.
No caso de Amanda, seu conceito de agente da Division reserva-se a outros ramos. Primeiramente, Amanda é uma mulher de altíssima classe, disposta a educar as futuras agentes femininas em treinamento na Division. Aprender a andar sobre o salto alto, escolher a roupa certa, portar-se à mesa, saber usufruir das qualidades marcantes que uma mulher possui: coisas que Nikita aprendeu bem em seus encontros disciplinares com Amanda. Além dessa sua posição de mentora comportamental, Amanda frequentemente instiga as agentes (em especial Alex) a se despirem mentalmente em sessões de psicologia forçadas. Tal abuso pode chegar a extremos, como visto no episódio 01×16 – Echoes quando Alex é dopada e amarrada a uma cadeira na clínica da Division, enquanto Amanda cavoca sem cessar as profundezas da mente da menina, que tanto lutou para enterrar diversas más lembranças. Memórias que valem ouro para a bitch, pois quanto mais revelado o agente esteja perante os olhos perscrutadores de Amanda, mais ele está submisso e indefeso sob a apertada coleira da mais que falsa amiga (uma filosofia bem Lao Ma de “Conquistar os outros é ter poder” – vamos torcer para que Alex conheça o caminho!).
Por ser tão boa no que faz, Amanda é um membro importantíssimo de orientação na chefia da Division, comandada pelo inescrupuloso Percy (Xander Berkeley, 55). Ela inclusive abusa de seu poder manipulativo para, seguidamente, dar seus pitacos que podem significar a vida ou a morte de um agente ativo. E mesmo sem provas suficientes para suas suspeitas, Amanda sente prazer em desvendar qualquer milímetro de culpa no cartório que sua vítima possa esconder.
Falando em vítimas, pobres daqueles que precisam passar por Amanda em alguma sessão de tortura. Nós, espectadores, nunca chegamos a testemunhar um ato de violência física por parte da vilã, o que não diminui em nenhum grau o medo que cultivamos pela bitch originado, primordialmente, pelo que não se conhece dessa mulher. Quem não tremeu nas panturrilhas quando Nikita está acorrentada em 01×11 – All The Way e, sem sucesso no interrogatório, a Division convoca Amanda para resolver o problema de uma vez por todas. Cena memorável de um episódio arrebatador!
Na Grécia antiga, Hera não lançou tantos espinhos assim no caminho da Princesa Guerreira, mas qualquer Xenite (ou mero mortal…) sabe que a esposa de Zeus dava muito mais do que dores de cabeça ao semideus Hércules. Assim como Amanda, os jogos psicológicos de Hera são suas armas mais letais, de maneira que seu controle da situação constitui-se em destruir a base de sanidade alheia. Além disso, como já informado, a posição de Amanda dentro da Division é tão relevante quanto a de Hera na magnificência do Olimpo. Ainda acredito que ambas consigam deixar alguém entrevado até o fim dos dias com um dos seus demorados olhares de medusa (juro que vejo tempestades nas íris dessas vilãs, e no caso de Amanda, sem nem precisar dos efeitos especiais que usavam na deusa Velasca em seus 15 minutos de ambrosia… digo, fama!).
Dizem que o nome Amanda representa “aquela digna de ser amada”… só se pelos imperadores do Tártaro! Ou melhor, como toda Bitch Power que admiramos sob o véu do medo, só se for por amarmos odiá-la. Espero que tenham curtido o artigo. Deixem seu comentário, bom ou ruim, em parágrafos ou em apenas uma linha, mas deixe sua opinião. Ah, não vai? A Amanda sabe onde você mora, colega…
Grande abraço, Xenites!