O Diário de um Mago
Por: Rodrigo A. Silva.
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Primeiramente quero iniciar esse artigo dando os meus parabéns a Revista Xenite pelo seu aniversário de dois anos de existência. Agradeço aos demais colunistas e a Mary Anne, nossa Editora Chefe, por tornarem a existência dessa revista possível e por continuarem a surpreender os leitores com artigos cada vez mais belos e criativos.
Como todos vocês já estão percebendo, o mês de junho possui muitas datas comemorativas. Além do aniversário da RX, temos o feriado de Corpus Christi, o Dia dos Namorados, as Festas Juninas (São João, São Pedro, etc…) e, neste ano em especial, a Copa do Mundo.
Mas não é apenas essa legião de datas comemorativas que torna o mês de junho especial. Junho é o sexto mês do ano, o último mês do primeiro semestre, um período de transição que simboliza o fim de um ciclo e a preparação para um novo começo. Por esse motivo, neste mês tão espiritual, convido vocês a lerem uma das obras mais místicas e populares da literatura: O Diário de um Mago.
O Diário de um Mago foi escrito pelo jornalista Paulo Coelho no ano de 1987. Teve várias traduções para vários idiomas tornando-se uma obra literária internacional. Aqui no Brasil foi primeiramente publicado pela editora Rocco (a mesma dos livros do Harry Potter), mas já foram publicadas edições mais recentes pela editora “Planeta”.
Este livro narra a jornada do mago Paulo pelo sagrado e misterioso caminho de Santiago de Compostela. Esse caminho existe de verdade, trata-se de um tipo de peregrinação, como aquela que os mulçumanos fazem até a Meca, ou como aquelas que os católicos fazem até a cidade de Aparecida do Norte aqui no Brasil. Nessa peregrinação o objetivo é realizar uma jornada a pé do sul da França até a cidade de Santiago de Compostela, na Espanha (aproximadamente setecentos quilômetros de viagem a pé, mas quem está contando?) onde está a tumba do Apóstolo São Tiago.
Paulo precisa realizar essa jornada para merecer a espada de seu mestre (símbolo máximo de poder de um mago). Nessa jornada ele contará com a ajuda de Petrus, um estranho guia que irá ensinar a Paulo uma série de rituais místicos que o ajudarão a realizar seus objetivos ao longo da jornada e o farão crescer e se desenvolver espiritualmente.
Eu não sou um mago (não que eu saiba), mas no momento em que li este livro descobri que um dos meus maiores desejos é algum dia ter a oportunidade de realizar essa peregrinação pelo caminho de Santiago de Compostela. Essa peregrinação também me lembrou muito a jornada realizada por Xena e Gabrielle pela Índia.
Assim como Paulo teve Petrus como guia espiritual, Xena e Gabrielle tiveram o privilégio de contar com os ensinamentos de Eli e, nas duas histórias, nossos personagens embarcaram em uma fascinante jornada espiritual, na qual aprenderam mais sobre si mesmos e sobre os mistérios do mundo em que viviam.
O livro trás muitos ensinamentos espirituais interessante, ensinamentos que às vezes parecem se confundir com os ensinamentos que Xena e Gabrielle receberam na Índia. Uma das lições mais importantes que o livro me ensinou foi a nunca desistir dos meus sonhos, pois eles são a “lenda pessoal” que eu devo realizar nessa vida, em outras palavras, o meu “caminho”.
Espero ter inspirado aqueles que ainda não leram o livro e convido aqueles já leram a relerem comigo o Diário de um Mago neste mês de junho. Agradeço a compreensão de todos e espero que tenham gostado da minha sugestão deste mês. Um grande abraço a todos os xenites e até a próxima.