Bitch Power

5 - 7 minutes readO olhar mais atormentador da lua nova

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A senhorita Volturi e todo o charme de ser uma bitch

Por Alessandro Chmiel

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BITCH POWER – n. 11

Dedicado a todos(a) os(as) adulantes do Team Jacob – porque a gente prefere o calor e gosta mais de cachorro!

Obs.: É possível que você encontre algum spoiler neste artigo referente à saga Crepúsculo. No que se refere ao último livro, Amanhecer, você encontra na parte em amarelo, que você conseguirá acessar passando o mouse por cima das linhas do texto. Fora isso, as informações aqui divulgadas se referem, basicamente, ao segundo livro da saga, Lua Nova.

000000000De volta para mais uma BITCH POWER para vocês, amigos Xenites e eventuais leitores!
E todo mundo sabe que foi nesse mês que passou, mais especificamente no dia 20 de novembro, que estreou a tão, mas TÃO aguardada sequência da saga Crepúsculo/Twilight, levando as menininhas enlouquecidas trilhonésimas pessoas aos cinemas de todo o mundo. Evitei de comparecer no dia da estreia, pois minha experiência com filmes “modinha” não é das melhores – meus ouvidos que o digam, porque não sei definir se o pior é ouvir os gritos das pessoas em momentos absurdos do filme ou se o ruim mesmo é não ouvir definitivamente nada do que é dito pelos atores. Para quem viu e/ou para quem leu, trago novamente à BP uma vilã de dar calafrios no pescoço, surgida no livro Lua Nova (New Moon, 2006) da escritoracheia da grana norte-americana Stephenie Meyer (1973 –).
No mês retrasado você conferiu aqui um pouco mais da primeira vilã a ganhar vida nas páginas de Crepúsculo, a vampira com as artes de escapeVictoria (<http://revistaxenite.vndv.com/bitchpower9.html>), rendendo bons comentários – gostei de ver! E, após um momentoqueria-ser-um-Power-Ranger sinto-falta-de-ser-criança, agora é a vez de Jane Volturi!
Na trama de Lua Nova, a tosca heroína Bella Swan se vê em depressão após o vampiro purpurinado Edward Cullen lhe dar um fora de esmigalhar o coração. Em um surto teenager para lá de dramático, Bella se desespera e tenta entrar em situações de risco para conseguir acessar em sua mente o vampiro que agora está longe – total surto psicológico, mas enfim… Condenado a uma vida (?) de tristeza sem sua amada – ele não tinha dado um fora nela? –, Edward tem uma crise de Drama Queen resolve pôr um fim à sua existência, clamando pela morte sob as mãos da família mais poderosa no mundo vampírico: o clã dos Volturi. Nas palavras do próprio mocinho – sou mais Jacob Black eu, hein… –, esse clã seria “o mais próximo da realeza” entre os sugadores de sangue. Ricos, poderosos e temidos, os Volturi impõem a regra de que a discrição é o caminho do sucesso, ou, em outras palavras, “fica na tua, vampiro!”. Tendo conhecimento desse comportamento proibido e não conseguindo o consentimento do clã para uma morte por assassinato voluntário, o senhorito Cullen resolve ter um momento “como uma deusa” revelar-se à luz do sol tilintando freneticamente em uma praça movimentadíssima na Itália, e cabe à Bella (risos, muitos risos…) salvar o amor de sua vida e deixar o amigo Jacob abandonado e infeliz em Forks.

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            Quando tudo parece bem novamente, os Volturi retornam e quem entra em cena é a nossa bitch Jane (oba, chegamos nela)! Nanica e ainda assim imponente como uma rainha, Jane tem um rosto contemplativamente ríspido e aterrador. Seusolhos vermelhos parecem, à primeira vista, iguais aos de qualquer outro vampiro que se alimente de sangue humano, exceto quando se descobre do que os olhos de Jane são capazes. Como mostrado no livro e no filme – digno de palmas, admito, com a esplendorosa atuação de Dakota Fanning (Guerra dos Mundos, 2005) –, com apenas um olhar e um pouco de concentração, Jane consegue fazer sua vítima (no caso, Edward que bem que mereceu) sentir dores insuportáveis pelo corpo todo, o que parece uma cópia barata de Cruciatus condenando a presa à imobilidade pela tortura. Fora isso, apesar de não ser devidamente mostrado, é presumível que Jane seja extremamente forte e rápida como todos os outros imortais, além da beleza aniquiladora.

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            Jane indubitavelmente lembra a bruxa Alti de Xena: Warrior Princess, tanto pelo poder que seus olhos carregam, somados à maldade natural, quanto pela sua própria presença conturbadora em cena, sendo uma das poucas integrantes da gangue dark na saga Crepúsculo. Por opção ou por não saber aproveitar as riquezas que tem em mãos, Stephenie Meyer não desenvolveu muito a personagem, nesse livro e tampouco nos outros. Folheando as páginas de Lua Nova em busca de uma frase de efeito da personagem, não encontrei qualquer enunciação decente, ainda que no filme a tenham enriquecido como a Jane se faz jus. Em Amanhecer (spoiler), tudo acomete para um grand finale, com batalhas épicas entre as famílias de vampiros do mundo inteiro, envolvendo até mesmo Bella, agora vampira, linda e com superpoderes! Ainda que os temores concernentes a Jane se manifestem sempre que seu nome é citado ou sua voz é ouvida, nada de drástico acontece com ela até as últimas linhas. Lamentável, sim, para quem dedicou tempo lendo a saga inteira à espera de qualquer reviravolta sensacional. Ao contrário de XWP, onde sempre que Xena e Alti se encontravam, fosse qual fosse a escala cármica em que estivessem presentes, tudo podia acontecer e de fato acontecia, com Bella e Jane a coisa fica sempre em ameaças e anticlímax de causar bocejos. Contudo, vale ressaltar que por mais que Jane remeta a Alti, Bella está anos luz distante em se parecer com Xena, convenhamos, Xenites e Twilighters.

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            De um modo ou de outro, Jane é uma personagem bastante interessante e merece seu lugar aqui na BP. Anseio por conferir as sequências cinematográficas da saga, Eclipse e Amanhecer, e poder admirar um pouco mais dessa bitchamedrontadora. Das razões de Jane pouco se sabe, mas visto que ela permanece em um corpo de menina – aludindo à inesquecível Claudia de Entrevista com o Vampiro (Interview with the Vampire: The Vampire Chronicles, 1976), criação da estadunidense Anne Rice (1941 -) –, a senhorita Volturi parece não ter culpa do destino que sofreu, logo não sendo incriminada por beber do sangue humano, considerando que o caso da família “vegetariana” Cullen é raro entre os seres mitológicos. Quem somos nós, carnívoros, para julgá-la?

            Parece mentira, mas mais um ano termina. Meu coração palpita ao pensar que a RX é uma realidade e que faço parte disso tudo. Agradeço a todos que prestigiaram a proposta da BP desde o começo e que seguem lendo e comentando até hoje. Meu muito obrigado! Tenham todos um Natal fantástico (sem bitches por perto!). Para 2010, sigo nas bitches com ares juvenis e já adianto: o que essa vilã esconde está além do que você pode supor. Quer saber mais? Assista ao filme A Órfã (Orphan, 2009) e prepare seus comentários para a BP n. 12! Você consegue conferir o filme nos cinemas e também na internet, onde existem inúmeras fontes e legendas disponíveis, é só procurar. Abraços e beixenites para todos vocês, e continuem votando ecomentando aqui na BITCH POWER e as vilãs que tanto amamos odiar!

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