Girl Power

3 - 4 minutes readEles suspirarão o nome dela antes do fim…

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GIRL POWER – n. 34

…enquanto o exclamaremos como um grito de guerra: NIKITA!

 

Por Alessandro Chmiel
[email protected]
Twitter: @AleXenite

Revisão: Mary Anne

 

Dedicado às Girl Powers do mundo, pelo dia 08 de março! Em especial ao povo Xenite que me incentivou a assistir a série.

Obs.: artigo baseado no seriado NIKITA que estreou em 2010, e não nos filmes predecessores ou no antigo seriado canadense La Femme Nikita. Sem spoilers também!

Propagandas costumam ser enganosas, principalmente quando se tratam de novos super-heróis. Bem me lembro de, quando criança, assistir as propagandas de XENA no SBT e ver uma mulher bonita em lugares escuros e vestida de marrom e pensar “que coisa sem graça”. Tive que esperar por volta de 4 anos para redescobrir a Princesa Guerreira em todas as suas dimensões e gradientes. O mesmo aconteceu com esta série, que estreou no ano passado e já conta com 15 episódios em sua primeira temporada: NIKITA!
Magrinha, sem passar qualquer tipo de convicção lutadora, a atriz Maggie Q (31) não me atraiu, e acabei descobrindo que não fora somente eu. Muitos não simpatizaram com as espiadelas neste seriado que tinha tudo pra ser uma reinvenção de uma história pra lá de batida. Afinal, vejamos: uma menina de passado obscuro, treinada para ser uma assassina expert para um grande e poderoso grupo do mal, resolve sair das cenas criminosas ao sofrer pessoal e emocionalmente pela própria empresa e obter vingança com as próprias mãos. Isso pode nos lembrar tanto a GP nº. 09 Sydney Bristow (que teve forte inspiração em Xena e Nikita, majoritariamente) quanto nossa própria guerreira grega, que a cada dia tenta limpar as sobras de seu passado sujo. Em contraponto, muitos Xenites eram só elogios ao seriado, e tive que me render. Por Zeus, por que não comecei a assistir desde o comecinho? Uma série sensacional pros fãs de ação e mulheres bonitas botando pra quebrar.

Mas o que torna Nikita tão especial e digna de uma Girl Power? O que impressiona por parte de Nikita é sua força de vontade. Veja bem, ela poderia muito bem sumir do mapa e viver numa ilha deserta, pois ao que tudo indica ela tem muito dinheiro guardado na poupança (subtexto completamente inativo). E ela não faz tudo o que faz por mero desejo vingativo. Seu senso de justiça serve tanto para com ela própria como para todas as outras vítimas da Division, a tal empresa poderosa que “contrata” (a.k.a. pega à força) bandidos mequetrefes e drogados perdidos e os transforma em verdadeiros assassinos, torturadores e espiões. Nikita fora uma dessas vítimas, e morre de medo ao pensar que essa história possa se repetir e nunca ter fim. Cabe a ela, com todo o duro conhecimento adquirido dentro e fora da Division, destruir esse império do mal e permitir que as pessoas desse nosso mundo vivam suas vidas de acordo com suas próprias escolhas.

A série retorna ao ar na televisão americana pelo canal CW dia 07 de abril, e espera-se desvendar mais do passado negro dessa heroína – ainda que ela teime em dizer que não é uma heroína. Acredito que ela apenas não queira – ainda – admitir que é uma vencedora pelo simples fato de continuar lutando, desta vez com a certeza de que está no lado dos justos, e não somente pensando que está fazendo a coisa certa porque os outros assim dizem.

Uma de suas incontáveis características fascinantes é o modo como Nikita lida com as pessoas, especialmente com os homens. Poucas são as mulheres que, assim como Xena, conseguem ludibriar e humilhar a massa masculina sem perder a sensualidade e a soberania que toda mulher possui. Nikita consegue ser graciosa como uma lady, mas se precisar ser agressiva e brigar até destruir o local todo, ela quebra a ponta do salto e mete bronca! Suas habilidades marciais são de deixar qualquer um de queixo caído, e se você já começou a assistir a série, aguarde o episódio 11: Nikita está explosiva! Ela é boa de luta corpo a corpo, armas de médio e grande porte, inclusive com katanas. Impossível assistir NIKITA sem ficar comparando com XENA aqui e ali. Inclusive…

Inclusive, o melhor de tudo: pensam que ela está completamente sozinha?
Ela não está. E a série ainda nos traz um rosto conhecido do Xenaverse. Quer descobrir? Até a edição nº. 35 da Girl Power, Xenites.

One Comment

  • Ruanna

    Fantástico! Quando o Pedro Henrique me falou a respeito dessa série, não levei a sério. Pensava que era mais uma série de ‘luta’ qualquer ou qualquer coisa de ação, ainda mais eu não sendo fã desse gênero. Entretanto, dei um crédito eu fui assistir e, não consegui mais parar de ver. A série é instigante, muito bem produzida. Maggie Q foi além das minhas expectativas, manda muito bem em cena.

    Adorei o artigo, Alê!

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