Girl Power – No outro lado da rua, mais uma mulher de trancinhas: e nada inofensiva.
Por Alessandro Chmiel
No outro lado da rua, mais uma mulher de trancinhas: e nada inofensiva.
Por Alessandro Chmiel
Tá certo que a personagem feminina mais lembrada da série Street Fighter é a Chun-Li, da GP de junho. Mas foi na versãoSuper Street Fighter II Turbo que surgiu a que muitos gamers consideram uma rival à altura da guerreira chinesa.
Ao lado: Cammy White: inglesa, linda, forte. Um futuro indefinido, um passado obscuro.
Apesar da beleza avassaladora, essa menina baixinha e bastante séria esconde em sua história um dos maiores trunfos do grande vilão da saga SF(observação: sua história, como de muitos outros personagens, foi escrita e reescrita para adaptação, e alguns dados podem não estar completamente corretos). O malvado M. Bison teria criado Cammy como um corpo perfeito para ele mesmo, ou seja: Cammy seria fruto de experiências genéticas que a tornaram uma arma mortal nas mãos do chefão da Shadaloo (grupo criminoso controlado por Bison).
Ela pouco sabe do seu passado, mas o mistério por trás dela torna a personagem ainda mais interessante. Ao que sua limitada biografia na internet indica, Cammy era controlada mentalmente por Bison, e realizava as mais diversas missões às suas ordens (há versões que dizem ter sido Cammy a assassina do pai de Chun-Li, a mando, logicamente, de Bison). Sendo uma perfeita escrava sem sentimentos ou personalidade, Cammy era sem dúvida um poder quase inestimável para Bison. Em uma das suas missões, Cammy teria se ferido gravemente, e perdido a memória. Sem saber quem é, ou o que fazia, ela parte em busca de mais informações sobre a Shadaloo, a única coisa de que se lembra. Unindo forças com a equipe Delta Red, que objetivava a caça a Bison, Cammy mostra-se habilidosa, e o encontra. Após uma luta entre os dois, Cammy descobriria todo seu injusto histórico, onde nunca teve uma escolha, onde todo o sangue que estava em suas mãos era culpa dela, mas fora do seu controle. Sentindo-se responsável por parte do poder de Bison, Cammy recusa bravamente o domínio mental do vilão tailandês e parte para a Inglaterra e, sem muitas opções, acaba unindo-se definitivamente ao Delta Red e colaborando para que a justiça seja feita.
Numa comparação com Xena, Cammy também é dona de um passado negro. A diferença é que a soldado jamais teve controle dos seus atos, o que pode ser ainda mais difícil para um caminho de redenção. Nunca sabendo ao certo o que fez, quem feriu, em que mal contribuiu, quem matou. Cammy, ao meu ver, é uma pessoa completamente infeliz e desgraçada, e não se sabe ao certo até que ponto ela pode ser considerada humana.
Um argumento ao seu favor seria o de que, antes de fugir da Shadaloo, Cammy enfrenta outras criações de Bison, 12 meninas apelidadas ironicamente de Dolls (bonecas), no intuito de alertá-las sobre quem elas realmente são. Enquanto muitas das Dollsrevoltam-se contra Bison, Cammy ativa a destruição da base militar de seu antigo mestre, salvando algumas Dolls. Ao que parece, Cammy ainda retornará para enfrentar Bison de igual para igual: como dois lutadores de rua em uma luta justa.
Com esse artigo, fecho a série Street Fighter. No próximo mês da RX, cedo a autoria para nosso amigo xenite Róbson, que falará de uma série contemporânea à XENA e que fez um sucesso considerável no mundo real e vampiresco.
Espero que tenham gostado da Cammy, mesmo que pouco se saiba de concreto dela. Divirtam-se com Buffy, e na RX nº 4 eu estarei de volta na sessão GP com outra grande heroína de seriados, porque como manda o roteiro aqui: depois de Xena, ainda há heroínas a serem idolatradas – jamais para substituí-la.
Ela pouco sabe do seu passado, mas o mistério por trás dela torna a personagem ainda mais interessante. Ao que sua limitada biografia na internet indica, Cammy era controlada mentalmente por Bison, e realizava as mais diversas missões às suas ordens (há versões que dizem ter sido Cammy a assassina do pai de Chun-Li, a mando, logicamente, de Bison). Sendo uma perfeita escrava sem sentimentos ou personalidade, Cammy era sem dúvida um poder quase inestimável para Bison. Em uma das suas missões, Cammy teria se ferido gravemente, e perdido a memória. Sem saber quem é, ou o que fazia, ela parte em busca de mais informações sobre a Shadaloo, a única coisa de que se lembra. Unindo forças com a equipe Delta Red, que objetivava a caça a Bison, Cammy mostra-se habilidosa, e o encontra. Após uma luta entre os dois, Cammy descobriria todo seu injusto histórico, onde nunca teve uma escolha, onde todo o sangue que estava em suas mãos era culpa dela, mas fora do seu controle. Sentindo-se responsável por parte do poder de Bison, Cammy recusa bravamente o domínio mental do vilão tailandês e parte para a Inglaterra e, sem muitas opções, acaba unindo-se definitivamente ao Delta Red e colaborando para que a justiça seja feita.
Numa comparação com Xena, Cammy também é dona de um passado negro. A diferença é que a soldado jamais teve controle dos seus atos, o que pode ser ainda mais difícil para um caminho de redenção. Nunca sabendo ao certo o que fez, quem feriu, em que mal contribuiu, quem matou. Cammy, ao meu ver, é uma pessoa completamente infeliz e desgraçada, e não se sabe ao certo até que ponto ela pode ser considerada humana.
Um argumento ao seu favor seria o de que, antes de fugir da Shadaloo, Cammy enfrenta outras criações de Bison, 12 meninas apelidadas ironicamente de Dolls (bonecas), no intuito de alertá-las sobre quem elas realmente são. Enquanto muitas das Dollsrevoltam-se contra Bison, Cammy ativa a destruição da base militar de seu antigo mestre, salvando algumas Dolls. Ao que parece, Cammy ainda retornará para enfrentar Bison de igual para igual: como dois lutadores de rua em uma luta justa.
Com esse artigo, fecho a série Street Fighter. No próximo mês da RX, cedo a autoria para nosso amigo xenite Róbson, que falará de uma série contemporânea à XENA e que fez um sucesso considerável no mundo real e vampiresco.
Espero que tenham gostado da Cammy, mesmo que pouco se saiba de concreto dela. Divirtam-se com Buffy, e na RX nº 4 eu estarei de volta na sessão GP com outra grande heroína de seriados, porque como manda o roteiro aqui: depois de Xena, ainda há heroínas a serem idolatradas – jamais para substituí-la.