Entrevistas

10 - 13 minutes readRX e CXG entrevistam… MaryD, a cabeça por trás do Ausxip

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Ok, pessoal, antes de começar essa entrevista há algumas coisas a serem explicadas. Ela é um pouco diferente das demais, porque se trata de uma parceria entre a Revista Xenite e o Canberra Xena Gang.

O CXG é um site, que assim como a RX, foi criado por fãs como uma maneira de manter vivo esse amor por Xena.

Alguns meses atrás, uma das responsáveis pelo site, a Leila, entrou em contato comigo nos parabenizando pela RX, e lançando uma proposta à mesa. Nós tínhamos acabado de levar ao ar uma entrevista com Lucia Nobrega, e eles haviam conseguido essa entrevista com a MaryD, as duas sendo figuras super famosas no fandom internacional e nacional.

Ocorreu, que resolvemos trocar figurinhas, fazendo um “empréstimo” de entrevistas.Vocês observarão abaixo que algumas perguntas abaixo foram feitas pela RX, as quais a Leila gentilmente levou até MaryD para que ela respondesse, e as demais, foram feitas pelo CXG, sendo traduzidas pela Leila para que pudéssemos publicá-las aqui.E o mesmo aconteceu com a nossa entrevista com a Lucia, fazendo com que fãs de fora do Brasil também pudessem apreciá-la.

Então é isso xenites, apreciem a entrevista e não deixem de prestigiar o website do Canberra Xena Gang, que assim como o nosso, é feita por xenites de grande responsabilidade, forjadas no calor da batalha e prontas para continuar batalhando com o objetivo de manter Xena viva no coração dos xenites!

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RX- Depois que Xena chegou ao fim, o que você fez ou faz para compensar a falta que ela faz? Assiste alguma outra série? Assiste reprises freqüentemente?
MaryD – Apenas continuei com o que eu já vinha fazendo há cinco anos (comecei a ver a série na metade da segunda temporada), isto é, montando o meu site e me aprofundando na série, e seguindo as carreiras da Lucy e da Renee. 
Infelizmente não tenho tempo para assistir os DVD’s do jeito que eu gostaria.  De vez em quando assisto um episódio na TV a cabo, pelo puro prazer de assistir Xena.J   Às vezes até parece um episódio novo, de tanto tempo que passou desde a última vez que vi.  É muito divertido!

RX- Você está acompanhando a produção mais recente de Tapert e Raimi – Legend of the Seeker. Acha que a série tem potencial pra  atingir o mesmo sucesso que Xena Warrior Princess atingiu?
MD – A série tem potencial.  Não sei se vai conseguir atingir o sucesso de XWP.  XWP foi uma série única, dessas que só aparecem a cada geração.  Tinha todos os elementos. Os planetas se alinharam e eles (os produtores) conseguiram os dois ingredientes que fizeram com que a série desse certo: Lucy e Renee.  Só o tempo dirá se LotS tem os mesmos ingredientes.  Parece ser boa.  Bridget Regan e Craig Horner são bons atores, mas temos que aguardar para ver.

RX- Em sua opinião, qual foi a “era de ouro” de Xena?  Em que  temporada a série teve o maior destaque e brilhou mais?
MD – Eu acho que todas as temporadas foram boas, exceto a quinta, que não deu muito certo, porque não se pode ter uma Princesa Guerreira grávida.  Minhas temporadas favoritas são a segunda, a primeira, a quarta, a terceira e a sexta, nesta ordem.  A quinta tem alguns bons episódios, geralmente os do início e os do fim são melhores do que os do meio.

RX-Quais seus sentimentos em relação ao “FIN”?
MD – “FIN”? O quê que é isso? Durante alguns anos após o término da série eu me recusei a assistir “FIN” pela segunda vez.  Tendo visto uma vez já era o suficiente.  Mas então decidi tentar novamente, quando a decepção pelo fim da série e pela forma com que ela terminou diminuiu um pouco.  Olhando objetivamente, eu diria que é uma boa história (exceto os últimos 10 minutos da segunda parte), embora tenha falhas enormes no enredo.  Mas é pura Xena.  É a história da Xena.  Não é o episódio de que menos gosto, nem o meu favorito. 

RX-Supondo que um milagre acontecesse, e um “Xena Movie” fosse lançado em breve, com o elenco original. Você iria preferir um filme que daria sequência ao final da série, ou uma história não ligada aos eventos de “A Friend in Need”.
MD – Eu preferiria um filme que consertasse “FIN”.  Ou seria melhor ainda se refizessem “FIN” e mudassem os 10 minutos finais.  Eu não creio que um filme da Xena com o elenco original venha a ser feito; esse navio já deixou o porto.  Será que vai haver um filme algum dia? Acho que sim, mas para mim não vai ser Xena.  Xena, para mim, é Lucy Lawless como Xena e Renee O’Connor como Gabrielle.

 

RX- Que episódio de Xena que menos gosta e episódio de Xena que mais gosta.
MD – Favoritos:  “When Fates Collide”/ “Destiny”/ “The Debt” (não tenho apenas um favorito, mas esses são excepcionais).  Os que eu menos gosto: “Purity” / “Back in the Bottle”.

RX- MaryD, todo o fandom brasileiro lhe parabeniza enormemente pelo trabalho e sucesso do Ausxip!
MD – Muito obrigada pelo seu interesse!

CXG – Quando e por que você resolveu criar um website da Xena? Quanto tempo passou desde que você teve a idéia e efetivamente criou o site e o colocou online?

MaryD –  Foi depois de assistir “Sins of the Past” na tv Australiana pela primeira vez.  Eu havia anteriormente assistido alguns episódios que me haviam sido enviados em vídeo.  Xero estava tentando fazer com que eu assistisse a série, então, quando eu concordei, ela me mandou “The Prodigal” e “The Titans”.  Eu detestei os dois.  Mas ela não desistiu e pediu-me para gravar “Sins” para ela.  Então, no dia 14 de dezembro de 1996, eu me sentei à frente da TV para garantir que estava gravando o programa certo e, após os primeiros 15 minutos, não consegui mais parar de ver.

Lugar certo, hora certa, personagem feminino forte.

Pesquisei na internet, achei alguns sites e tive a idéia de criar um site dedicado à Xena para “Aussies” e um local onde eu poderia colocar as minhas montagens/ “wallpapers”.  Na época eu estava fazendo montagens e “artwork” para o meu show favorito “Star Trek Deep Space Nine”.  Depois de assistir “Sins”, achei que seria muito legal fazer montagens para os episódios da série.  Eu trabalhei a idéia do site na minha cabeça durante um dia e, no dia seguinte, coloquei mãos à obra.  Em 15 de dezembro de 1996 nasceu o AUSXIP.

Daí, encontrei o “mailing list” do Xenaverse e alguns outros e juntei-me ao “fandom”.

http://www.ausxip.com/flashback/1996/index.html  )

Comentário da MaryD: Não é a primeiríssima página, mas algo como janeiro ou fevereiro de 1997. J   Era bem simples mesmo.

CXG – Já havia muitos sites da Xena na mesma época em que o AUSXIP foi criado?

MaryD – Na época, eu encontrei três sites muito bons:

Tom’s site – www.xenafan.com

Whoosh – www.whoosh.org

Logamanency – não tenho certeza do novo endereço.

CXG – A série estava passando na tv Australiana na época em que você criou o site?  Se não estava, como você soube de sua existência?

MaryD – Tecnicamente, não.  Vi os dois primeiros episódios em vídeo, e só quando assisti “Sins” na TV foi que comecei a gostar.  Vocês podem culpar minha amiga Xero por ter-me falado a respeito da série e ter sido persistente o bastante para fazer com que eu me interessasse por ela.

CXG – O AUSXIP teve sucesso instantâneo?  Algum dia você imaginou que o site teria o sucesso que tem hoje?

MaryD – Nada tem sucesso instantâneo. Mas também depende de como você avalia o sucesso.

Teve sucesso para mim porque eu estava sendo criativa.  Trabalhar com montagens e “artwork” me relaxa e permite que eu dirija a minha atenção para o que estou fazendo, em vez de ficar pensando no fato de que tive um dia ruim ou no idiota que me cortou no trânsito ou no que quer que tenha me chateado naquele dia.

Eu só queria fazer parte do fã-clube, trabalhar com a minha arte e me divertir.

Acho que nem pensei se o site estava tendo sucesso ou se algum dia seria muito conhecido.

CXG – Quão rápido foi o crescimento do AUSXIP?  Permita-nos fazer uma analogia: na primeira vez em que vemos a Gabrielle, ela era uma menina jovem e inocente, que sabia estar destinada a grandes empreendimentos, embora não soubesse exatamente que empreendimentos seriam esses.  Em suas viagens com a Xena ela floresceu, tornando-se a grande Barda Guerreira de Potedia.   Nós vemos o AUSXIP como a Barda Guerreira das páginas sobre a Xena na internet.  Então, será que você poderia nos dar uma idéia do que era o AUSXIP em sua fase de “jovem menina inocente” ?   Como eram as coisas no início?  O que havia no site?  Como você conseguia as informações?  

MaryD – É… essa é uma boa analogia. 

Bom, no início eram só as minhas montagens (a primeira que fiz foi a do episódio “A Solstice Carol”), novidades sobre a série na Austrália, alguns dados biográficos da Lucy e da Renee, algumas curiosidades sobre a série, algumas fotos e links para os melhores sites do Xenaverse.

Com o passar do tempo, foram sendo incluídas “fanfiction”, notícias sobre a série em geral, trabalhos de outros artistas, “screen-captures”, comentários sobre os episódios, etc.  O site evoluiu e ainda continua evoluindo.  
(  http://www.ausxip.com/flashback/  )
Comentário da MaryD –  Se vocês derem uma olhada nesta parte do site, vocês podem ver a sua progressão.

CXG – Quantas horas por dia você passa trabalhando no site?
MaryD – Normalmente de duas a 3 horas.  Às vezes, mais.

CXG – Como você faz para dividir suas horas entre o site, seu trabalho, sua família e assim por diante?  Qual a sua profissão?  Você tem algum animal doméstico? Se tem, ele é tão treinado quanto o cão de “Old Ares”? 
MaryD – Eu trabalho como administradora de rede, faço desenho gráfico e webdesign.  Eu tenho uma gata e ela não é treinada .   Você não consegue treinar gatos, eles é que te treinam.  Ela me treinou bem para que eu pare o que quer que esteja fazendo e dê a ela o que ela quer.  Funciona direitinho.

CXG – Você conta com a ajuda de muitos amigos para lidar com os diversos setores do website, ou a maior parte é você mesma que faz?
MaryD – A maior parte sou eu que faço, normalmente. CindyT me ajuda na parte de desenhos e montagens de outros artistas.  E a Mesh cuida de tudo, quando eu saio de férias ou quando tenho que me ausentar por outro motivo qualquer.  A Mesh cuida dos downloads e temas para a página da Renee (ela redesenhou o site totalmente e ele está absolutamente magnífico).  Acho que é isso aí, no que concerne o staff do AUSXIP.
As pessoas que contribuem regularmente são fantásticas, porque eles me mandam artigos, scans, vídeos, “screen-captures”, notícias.  Eles são a espinha dorsal do AUSXIP, porque sem eles o site não seria o mesmo.

CXG – Você viveu o sonho de muitos Xenitas.  Conte-nos, então, como você se sentiu ao ser apresentada à Lucy e à Renee?  Como era o clima?  Fale-nos sobre suas “auras”.  
MaryD – Foi algo muito especial e pessoal para mim; e dizer isso não chega nem aos pés do que eu senti.  Vocês já tiveram aquela sensação de estar tão incrivelmente  feliz que seu coração parece querer pular do seu peito e sair dançando?  Pois é.  isso chega só um pouquinho perto do que eu estava sentindo.


CXG – Como você se envolveu com a “Subtext Virtual Seasons”?  Quem teve a idéia original?

MaryD – Judi Mair e Carol Stephens perguntaram se eu não queria fazer parte do pessoal de editoração . Depois me pediram para fazer as montagens para os títulos dos episódios juntamente com Calli e Judi.
Acho que Sue Beck (Swordnquil) foi quem teve a idéia de fazer a “Subtext Virtual Season”.


CXG – Se por acaso houvesse mais quatro temporadas de Xena, você acha que as histórias seriam parecidas com as das “Virtual Seasons”?  Você vai participar dos filmes que o pessoal das “Virtual Seasons” estão criando?

MaryD – Sim e sim. Missy Good é parte do nosso time de escritores e ela disse que teria sido parecido. Sim, eu vou participar dos filmes.

CXG – Você é tão criativa… Por que você não faz “music videos”?  Você já fez algum?
MaryD – Eu não tenho tempo.   Prefiro relaxar e curtir os vídeos feitos por esses incríveis artistas.  Existem artistas extremamente talentosos neste fandom e é realmente muito gratificante ver todos esses trabalhos de arte fantásticos serem criados. 

CXG – As pessoas fazem doações ao AUSXIP para mantê-lo funcionando?  Obviamente o site é muito popular e deve usar um bocado de bandwidth.  Você tem algum tipo de ajuda para custear isso?
MaryD – Não.  Sai do meu bolso.  E é mesmo; o site é um mega consumidor de bandwidth.  Gera por volta de 300-400Gb por mês.

CXG – Você lê fanfic? Qual é o seu gênero favorito?
MaryD – Não tanto quanto eu lia há uns tempos.  Meu gênero favorito é o clássico.  Também gosto de Ubers, mas têm que ser verdadeiros Ubers.

CXG – Quando que você teve a idéia de escrever “In the Blood of the Greeks”?  Como conseguiu que fosse publicado?  Você já teve algum outro livro publicado anteriormente?   Gostaria de continuar com a carreira de escritora?
MaryD –  Em fevereiro de 2000 a musa reapareceu e me atacou!  Eva e Zoe nasceram e o livro “In the Blood of the Greeks” foi terminado por volta de março/abril de 2000.  Fui contatada a respeito da publicação da história.  E aí pensei, que legal, seria muito legal, então segui em frente e o livro foi publicado.  
Eu já tive 10 histórias fanfic publicadas em uma fanzine (impressa) chamada “Eridani”, antes de entrar para o Xenaverse.  
Também publiquei um conto em uma revista aqui de Sydney nos anos 80.  E tive vários artigos (não-ficção) publicados por jornais locais.  
Eu escrevo desde os oito anos de idade, então um dos meus objetivos era publicar um livro.  Até agora tive três livros publicados da série Eva e Zoe, e mais dois ou três estão a caminho.

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