Subtexto: o antes e o depois
O objetivo desse artigo não é ser mais um texto longo e exaustivo defendendo o subtexto. Já passei dessa fase xenite. O objetivo é mostrar que Xena fez escola. E não apenas fez escola, mas talvez tenha se inspirado em escolas anteriores.
Quando se busca pelo termo “subtext” no Google, as primeiras entradas são relacionadas à XWP, contudo não é apenas nessa série tema de nossa revista que ele se encontra. Ele já existia antes, e mesmo numa geração midíatica muito mais liberal, ele continua existindo. E talvez o mais incrível,seja perceber que ele não é exclusividade de romances ou possíveis romances gay. O subtexto pegou até pares heterossexuais ou, quem diria, aliens.
Então, devido a esse fato, listarei abaixo uma relação de séries e filmes que trazem uma pitada desse tempero que consegue turbinar muitas produções. Naturalmente existem MUITO mais obras e casais que poderiam ser incluídos abaixo, no entanto vou falar daqueles sobre os quais consegui levantar mais informações. Talvez uma segunda parte desse artigo surja no futuro, ou se alguém tiver interesse em escrevê-la, fique à vontade!
E não esqueçam de comentar!
Subtexto a.X (antes de Xena)
Calamity Jane (1953)
Década de 50. Evidentemente o mais perto de uma retratação lésbica que teríamos na mídia mainstream, seria através do subtexto. Durante a pesquisa que fiz para esse artigo vi muita gente comentando o subtexto presente nesse filme. Interpretada por Doris Day, “Jane Calamidade” é uma conhecida figura do folclore americano, e nesse filme musical ela é retratada como uma heroína crossdresser cheia de atitude
Seja devido à música “My Secret Love”, seja devido aos rumores de que a Jane Calamidade da vida real era lésbica, o fato é que lá na década de 50 o subtexto já imperava.
Blair e Jo – Facts of Life (1979 – 1988)
Adaptado no Brasil pra “Vivendo e Aprendendo”, Facts of Life foi um sitcom de 9 temporadas. O suposto subtexto que é bem provável ter sido um acidente de percurso (como muitos casos de subtexto se iniciaram) fica por contra das amigas Blair e Jo. De acordo com algumas leituras que fiz, havia um produtor na equipe da série que queria tirar Jo do armário, mas evidentemente nunca recebeu autorização da NBC para tal. Deixo com vocês um videozinho com música brega. E aí, o que acham, rola uma vibe?
[youtube e3oHeE_wOW0]
Cagney & Lacey (1981 – 1988)
Uma espécie de antepassado de Rizzoli and Isles, conta a história de duas detetives (embora em Rizzles, Maura seja uma médica), sendo Christine Cagney uma mulher super focada na carreira, solteira e trabalhadora enquanto Mary Beth Lacey era casada e mãe.
Curiosamente, a preocupação dos produtores em não “lesbificar” a série acidentalmente era tanta, que houve um aumento de orçamento para roupas e acessórios das duas protagonistas, onde se usou e abusou de coisas mais femininas como peles e pérolas. Tudo em vão, a fatia de fãs que via subtexto surgiu da mesma forma.
Thelma & Louise (1991)
Particularmente eu não vejo subtexto forte nesse filme, mas partindo do pressuposto que se “alguém viu, é porque existia”, e como subtexto é algo muito mais relacionado ao espectador do que ao criador, eu não podia deixar de incluí-lo na lista, já que ele aparece muito quando se fala em subtexto.
Susan Sarandon e Geena Davis formam uma dupla unida por um profundo laço de amizade e por um crime cometido.
Apesar de não se encontrar cenas de banheira e outras insinuações, o filme tem muito mérito porque cutuca um assunto que em 1991, nem todas as produções tinha coragem de tratar: violência contra mulher e tentativa de estupro (temas que deram origem ao crime cometido pelas mulheres, que reagiram).
E o subtexto que o envolve tão profundamente se dá principalmente por causa da cena final, a qual vocês podem conferir no video abaixo. Mas cuidado, spoilerzaço!
Thelma & Louise por Ange-diable
Tomates Verdes Fritos (1991)
Ah, um dos meu queridinhos que eu não podia deixar de falar! E eu nao vou falar pouco, já aviso!
Diferente dos citados anteriormente, Tomates não é um caso de subtexto acidental. Ele foi premeditado, mas calma lá, eu explico. O filme se baseia na obra “Fried Green Tomatoes at the Whistle Stop Café”, de Fannie Flagg lançado em 1987. O livro, mesmo lançado na década de 80, não faz questão nenhuma de esconder que as personagens Ruth e Idgie se amam, são apaixonadas e levam uma vida de casal (embora muita água tenha rolado pra que elas conseguissem isso, e não por questões sexuais). O diferencial é que em nenhum momento da obra as palavra “lésbica” ou “gay” são citadas. Elas apenas se amam e criam uma criança juntas, e através de seus corações puros e bondosos, ganham o amor e respeito das pessoas.
É claro que a história não gira somente em torno desse fato. Na verdade, Tomates consegue ser uma obra incrivelmente abrangente, trazendo outros temas como preconceito racial, a Grande Depressão, a revolução feminina ocorrida nos anos 80, abandono de idosos, o quão prejudicial a submissão feminina pode ser e é sobretudo uma história sobre a força da amizade. Ou seja, temas ótimos pra se enfiar numa produção fílmica, e foi o que fizeram em 1991.
O problema era convencer aquela sociedade branca, heterossexual e rica a assistir um filme que tratava, entre outras coisas, de duas mulheres que se amavam. Então o subtexto se fez necessário, o que é compreensível. Contudo, mesmo tudo tendo ficado no plano subtextual nas telonas, é QUASE impossível assistir sem perceber o grande amor entre elas. Eu digo QUASE, porque até hoje muitas pessoas assistem e juram de pés juntos que Idgie e Ruth não eram nada mais do que super amigas (que viveram juntas. E criaram uma criança juntas. E se amavam)… Mas o que podemos dizer? Mesmo com uns 4 beijos, vários banhos juntas e 287492742984 declarações, ainda tem gente que jura que Xena e Gabrielle são quase irmãs.
O fato é que o filme fez o maior sucesso, ganhou Oscars, e muitas famílias brancas, heterossexuais e ricas saíram das salas de cinema sem perceber nada. Ou talvez desejando não perceber, vai entender né.
Subtexto d.X (depois de Xena)
Foxfire (1996)
Angelina Jolie. Eu podia parar aí.
Bom, Foxfire, ou adaptado “Rebeldes”, é um filme com nuances gays, sem usar a palavra gay.
O flme retrata a reação de um grupo de adolescentes em relação à um professor abusivo, lideradas por Legs (Angelina Jolie), que tem uma amizade super fofa e subtextual com Maddie (Hedy Buress).
O filme é baseado no livro Foxfire: Confessions of a Girl Gang, de Joyce Carol Oates, mas confesso que embora tenha achado o filme bastante interessante, não cheguei a conferir o livro pra ver se o sub deixava de ser sub e virava texto. De qualquer modo, vale a pena assistir.
Buffy e Faith
Eu posso estar cometendo algum tipo de blasfêmia diante de Fuffy (?) shippers, mas eu nunca abracei o subtexto entre Buffy e Faith. Sempre o considerei fruto de um certo “wishful thinking” a mais, como é o caso de Sara e Catherine em CSI, por exemplo. No entanto ele existe, os adoradores dele existem, e até mesmo eu, que nunca me envolvi nele, vi uma ou duas cenas na série que poderiam corroborar com ele. Talvez o fato de eu ter uma visão muito hetero da Buffy faz com que eu não me empolgue muito, mas vale lembrar que ela já se aventurou pelo lado colorido da força, nas HQ’s lançadas como continuação da série. Infelizmente, não foi com a Faith.
Girl, Interrupted (1999)
Outro filme que faz parte dos meus queridinhos. E novamente, Angelina Jolie.
Independente de nuances gays ou não (que são tão sutis quanto as de Thelma e Louise, se limitando a um beijo), é inegável que a relação de Lisa e Susanna é algo muito peculiar. Uma, sofre de um caso grave de sociopatia, outra, síndrome Borderline, e a paisagem de fundo desse encontro é, naturalmente, um sanatório, onde ambas começam a causar muita confusão. Além disso, a história contada tem três camadas, a real (porque é baseado numa história real), a literária (do livro autobiográfico de Susanna Kaysen) e a fílmica, estrelando Winona e Angelina. O laço que elas formam é bastante interessante, e vale a pena conferir. Vocês vão ficar com a música Downtown na cabeça por umas duas semanas.
Fang & Vanille (Final Fantasy XIII)
Vou confessar que eu não joguei o jogo e não conheço as personagens, mas durante minhas pesquisas encontrei uma quantidade bastante considerável de debate sobre a possível relação romântica de ambas. De acordo com o que li, parece que os produtores do jogo inseriram pequenas cenas isoladas que podem sugerir um algo mais. Há quem jure que existam cenas cortadas, e parece que a parte de Fang havia sido originalmente escrita pra um personagem masculino, o que justificaria a relação. Mas tendo olhado em uns 5 fóruns de jogos, tudo que encontrei foi calorosos fronts de guerra debates que muito se assemelham à shippers x subbers em XWP.
Jess e Jules – Bend it like Beckham (2002)
Esse é um filme britânico de 2002, que conta a história de uma garota de 18 anos cujos pais esperam que ela vá pra faculdade de direito, aprenda as delícias da culinária indiana e finalmente sossegue na vida com um decente rapaz indiano, mas em vez disso ela se apaixona por…futebol. E mantém uma amizade BEM próxima com a melhor amiga, da qual os pais super suspeitam.
Subtexto? Na verdade, a história é um pouco diferente. Um caso muito claro do “subtexto que não foi”. Originalmente a idéia do filme era trazer Jess e Jules como um casal, PORÉM, o diretor ficou com receio que isso causasse uma impressão muito negativa no espectadores indianos e o filme afundasse. Então toda a história do romance entre elas, acabou sendo reduzida à mãe de uma das personagens jurando que a filha tem um affair com a melhor amiga, quando na verdade não tem. Coisa chata né?
Jane e Maura – Rizzoli and Isles (2010)
CSI goes Xena.
Talvez essa fosse uma boa síntese de Rizzoli and Isles, a primeira série dessa década a tacar fogo nas(os) orfãs(os) de Xena afoitos por subtexto. Tudo isso por causa da QUÍMICA GRITANTE entre a dupla de “morena, alta e fatal” e “loira, baixinha, tagarela”, ou em outras palavras, Rizzles.
Como os próprios promos da série provocam, elas são o par perfeito, porém, dificilmente isso romperá a barreira do sub, primeiro, porque a série é baseado em livros que nada tem de gay, e segundo, porque a produção já percebeu que provocar dá mais audiência que entregar. E pra isso, toda semana acham algum cara aleatório pra servir de caso pra uma das duas, em meio à várias falas e insinuações e olhares. Sim, vocês já viram isso acontecer antes.
Mas hey, a esperança é bem difícil de matar, né?
Myka Bering e H.G. Wells (Warehouse 13)
A série é sobre agentes de um Serviço Secreto que trabalham pra um grupo do governo (tudo super secreto) que sai à caça de artefatos perigosos e sobrenaturais pra armazená-los no “Galpão 13”.
Jaime Murray (sim, aquela de Spartacus) interpreta a morena sexy, misteriosa e bisexual Helena G. Wells (rá, e vocês achando que era o escritor né!), a qual troca longos olhares com Myka. E também química. Muita química.
E parece que já deram carta branca pra um dos escritores “brincar” com o subtexto, então existe mais chance de algo rolar do que em Rizzoli and Isles. Torçam aí, fangirls.
Regina e Emma – Once Upon a Time (2011)
Falar do enredo de Once Upon a Time é uma tarefa complicadíssima. Imagine uma caixa, jogue nela todas as histórias de contos de fadas que você conhece, adicione um punhado de conteúdo adulto, tampe e mexa bem.
O ponto de partida do enredo, é a história da Branca de Neve, que naturalmente tem uma relação de cão e gato com a Rainha Malvada. Assim como na história, Branca se casa com o príncipe e tem uma filha. Mas a história não acaba e vivem felizes pare sempre. A rainha, cheia de recalque, joga uma maldição no reino todo, que faz com que todos os personagens – incluindo ela – acabem indo parar numa terra sem mágica – nosso mundo real- onde não envelhecem porque o tempo está congelado e não tem memória de quem são. A única que se salva, é a filha da Branca, que foi enfiada num armário (oh, wait) e portanto cresceu longe da praga jogada pela Rainha. Enquanto isso, em Storybrook ( brook…book…entenderam?), a cidadezinha onde todos os personagens confinados habitam, apenas um ser entre eles parece perceber que tem algo errado, o filho adotivo da prefeita Regina Mills (a Rainha Malvada) Esse filho adotivo, por acaso, é filho biológico de Emma Swan, a filha crescida de Branca de Neve que crescendo em Boston, levou uma vida muito ferrada com direito à roubos, vida amorosa desastrosa e gravidez precoce, mas perto dos 30 anos, com a resolução de tomar juízo, recebe uma visita inesperada do moleque que lhe “elege” pra salvadora de Storybrook.
UFA, que confusão, mas o que vocês esperavam que saísse da mente de um produtor de Lost? Explicado isso, vamos entender onde entra o subtexto nisso: Naturalmente Regina Mills (Rainha Malvada) não gosta nem um pouco da ideia do seu filhote adotivo ir atrás da mãe biológica, e isso basta pra por as duas num pé de guerra danado, principalmente quando Emma percebe que Regina não é lá o exemplo de mãe do ano.
Isso leva à discussões acaloradas entre as duas e até algumas brigas (que não tem nada de tapinha e puxão de cabelo, tem é soco de mão fechada mesmo) e como no ponto de vista lesbificador das fangirls da internet, toda discussão acalorada é naturalmente fruto de tensão sexual, assim nasceu o subtexto SwanQueen. É claro que o jeito levemente butch de Emma também contribuiu.
E é claro que a partir do momento em que os escritores se tornaram conscientes do que estava ocorrendo, eles ficaram abusados e resolveram brincar com a coisa, principalmente tendo roteiristas que trabalharam em Buffy. Quer provas? Num determinado episódio Regina não consegue fazer a sua mágica funcionar, justamente quando precisava usá-la pra algo bom. Bastou Emma encostar nela que *puf*, a mágica acontece. Cena bem familiar pra quem assistiu o episódio “Hush” de Buffy, onde Willow e Tara tem uma situação quase igual.
É claro que há várias outras cenas que corroboram com a visão subtextual entre elas, mas enquanto nada oficial acontece, resta às fangirls esperarem as duas pararem de se bicar por causa do filho e resolverem criarem ele juntas como um casal feliz. Seria uma revolução e tanto na história dos contos de fada, não?
Max e Caroline – 2 Broke Girls (2011)
2 Broke Girls, é uma série que conta as aventuras de duas companheiras de apartamento que financeiramente quebradas, se esforçam trabalhando como garçonetes a fim de juntar dinheiro pra iniciar um empreendimento de cupcakes. Uma delas acostumado com o estilo de vida difícil, tem que mostrar a ótica de ser “classe média” para a outra, que sempre viveu no luxo, e isso evidentemente leva à muitas discussões. Essas discussões acabam colaborando pra aquela premissa básica de comédia romântica que “todo par que se odeia, acaba se apaixonando”, e embora a última intenção do criador da série fosse colocar tensão sexual entre ambas, esse parece mais um caso onde a criação acabam fugindo do controle do criador, nessa situação, por causa da – adivinhem – química entre ambas. E o incrível é que mesmo a audiência heterossexual acaba não conseguindo deixar de comparar Max e Caroline com um casal que fica se bicando por coisas do cotidiano.
Conclusão…
Enfim, o subtexto já estava aí muito antes de Xena Warrior Princess pensar em existir, e provavelmente continuará existindo mesmo quando nosso mundo se desacorrentar de preconceitos. Seja fruto de pistas reais deixadas pelos produtores, seja fruto de wishful thinking por parte dos fãs de seriadores e filmes, é fato que ele sempre consegue gerar muito debate e discussão.
Fontes:
After Ellen.
Muitos tumblrs.
FOERST, Angelika. Subtext Matters: The Queered Curriculum Behind the Warrior Princess and the Bard, 2008.
WALTERS, Suzanna Danuta. All the Rage: The Story of Gay Visibility in America
12 Comments
ABarda
Uma coisa eu preciso confessar: Maura e Jane não me “descem” como casal. Eu até percebo o porquê do tanto de gente shippando as duas, mas o possível casal não me convence.
E Fried Green Tomatoes, meu Deus, como eu amo (tanto o livro quanto o filme!). Mas sempre no tumblr aparece na tag do filme posts como “eu me recuso a ver Idgie e Ruth como um casal” ou “parem de querer arruinar a minha infância, falando que Idgie e Ruth são lésbicas!”
Agora, um sub-subtexto que eu não consigo parar de perceber é entre a Amy e a Penny, de The Big Bang Theory. Digo sub-subtexto porque é só por parte da Amy. A Penny fica bem assustada com as coisas que a Amy faz/fala.
Mára
Concordo sobre Big Bang . Eu não conheço a maioria dos filmes , mas estão na lista pra conferir. Jane Calamidade é uma figura e tanto e vale a pena ver como uma mulher no oeste se insere .
Parabéns.
Robson Cardoso dos Santos
Vamos por partes!
Thelma & Louise – achei esse filme megacansativo de se assistir, apesar de Sarandon e seu cigarro estarem ÓTIMOS em todas as cenas! Vi porque uma amiga minha ex-rainha da Festa da Uva aqui da cidade me emprestou o DVD, e fiquei realmente surpreso com a aparente [SPOILER] morte das duas amigas no final do filme, com o carro saltando do penhasco após as palavrinhas que elas trocam…[FIM DO SPOILER].
Buffy e Faith – também sempre achei a Buffy uma heterossexual decidida. A Faith e aquele gingado meio Selena (um jeito de cowboy, um corpo de mulher, do tipo que não olha pra ninguém # VIVA Corpo Dourado e a atuação linda de Cristiana Oliveira!) faziam com que ela realmente parecesse interessada romanticamente pela Buffy, mas se compararmos o modo dela de agir ao de Callisto platonicamente admirada com as habilidades de Xena, a gente pode ver que tudo não passava de apenas uma fã debochada mirando seu ídolo.
Once Upon a Time – sempre amei as discussões gordas de Regina e Emma, mas a cena mais “suuuuper” foi na biblioteca, quando a Ruby se aproxima de Belle como quem vai beijá-la, mas acaba apenas algemando-a! Herz e eu piramos nessa cena!
Tomates Verdes Fritos – vou tirar meu DVD da estante e ver com o namorado aqui que anda pedindo!
Garota, Interrompida – Jolie e Ryder! Desde muito moço eu notava que tinha uma vibe entre as duas! Talvez mais pelo jeito moleque da Jolie atuar.
Brilhante artigo, Mary, como sempre! AMO artigos sobre filmes, e é fato que XWP não foi a primeira a se aventurar nas clareiras do subtexto, mas talvez tenha sido uma das que fez malabarismos com ele por mais tempo!
Mary
Robson, a cena da Ruby e Belle na biblioteca fez geral surtar.
Eu particularmente até então via como mais interessante um possível envolvimento Red Snow, porque o laço entre Snow e Red na terra mágica parecia bem próximo. Mas depois da biblioteca, eu torci grandemente pra que a BEAST da Belle fosse a Ruby, e não o Rumple. Até porque mitologicamente falando, a Ruby é mais Beast que o Rumple, que seria algo similar a um “duende” malvado ou algo parecido. Mas a Megan atuando como Ruby emana uma energia sexual tão grande que a torna shipável com quase todo o elenco feminino hahaha. Isso sem falar em SleepyWarrior, porque Mulan tendo o coração da Aurora nas mãos dela dá bem na cara.
Robson Cardoso dos Santos
Não sei explicar, mas foi constrangedor e desconfortável pra mim pensar que Aurora e Mulan NÃO TERIAM envolvimento amoroso depois da morte do Phillip. Tudo grita pra que ocorra!
Seria lindo a Ruby ser a Fera da Bela e não o Rumple!
Que bom que não sou somente eu que acho que a Megan é uma bomba hormonal ambulante, hehe!
Mary
Aliás, seria constrangedor mesmo, Mulan e Aurora não terem envolvimento nenhum. Afinal, o que foi aquele diálogo “Você já fez isso antes?”. QUAL É! Se não tivesse uma função subtextual, a fala fica completamente deslocada e desnecessária! Até parece que é costume pra guerreiros chineses fazerem transplantes manuais de coração, pra Aurora ter perguntado isso.
Chapo
é uma pena q não posso ver os vídeos mas vamos lá:
FACTS OF LIFE: essa fotinha e esse olhar na década q passou. UAL! sapatonice pura!
CAGNEY E LACEY: por um segundo li CAGUEI e LANCEI O_O fiquei super curiosa. Vou ameaçar minha namorada de ficar solteira se ela não baixar! Elas eram tipo Starsky and Hutch?
THELMA E LOUISE: ahhh amo esse filme! fico entre a sapatice entre elas e o epic abbs de Brad Pitt. O subtexto realmente é bem leve, pq o foco é outro.. FIlmaço quebrador de barreiras importantissimas e q são tabu até hoje infelizmente. DIZEM as más linguas que na cena final as duas atrizes realmente deram akela bitoca “de amiga” tipo xena e gabby. safadeeeeeeenhas!
TOMATES: nunca vi, nem comi. Só ouço falar. E quero morrer de catapora qndo vejo uma critica linda dessas e descubro q nunca vi :'(
FOXFIRE: é da angelina, ja me basta KKKKK mas nunca ouvi falar tb. Assistirei!
BUFFY: acho ela uma sapa bem insossa. Mil vezes ela derrubando prédios enquanto rolava de tesão com seus vampiros. Mas…neh? se tem uma cena, tem uma possibilidade
GAROTA INTERROMPIDA: começo da minha descoberta sapatônica. é bem fraquinho nos olhares e tal, mas serve pra vc ter mais desejo naquela boca da anjelina. Assista no frio, dá calor a semana toda
Fang & Vanille: jogo pra mim é MARIO, o resto só vejo de longe, então to por fora
BECKHAM: o filme é bacaninha. A melhor parte é elas duas discutindo no quarto e a mãe fuxicando e imaginando coisas KKKKKKK serve pra uma sessão da tarde
Chapo
RIZZOLI E COXINHA : Quimica INEGÁVEL entre as duas personagens. Mas eu não consigo vê-las como casal. Aliás até shippei Isles com o irmão da Rizzoli, achei cute. Não sei dizer o q é, mas elas duas juntas acho q demoraria a me descer. Não q eu teria algo contra, mas acho a Isles o pior protótipo de sapatão, depois da buffy, q ja ouvi falar. A Rizzoli tem o jeitão, mas Xena tb tinha neh? 😉
Warenhouse: nem sei q q isso G_u
ONCE UPON A TIME: digo e repito, swanqueen é sapatonice saindo por todos orificios possiveis! Eu vejo subtexto o tempo todo, e olha q sou super chata pra isso!
Por mim a swan comia akela porcaria de torta(era uma torta?) e caía num sono profundo em q só a rainha má poderia acordar com um beijão *o*
tipo amor verdadeiro, xena e gabby nas terras nordicas….ai ai… amo
enfim… a situação delas é bem parecida com Lex Luthor/ Clark Kent que tem um filhotinho juntinhos e tem de criá-lo de acordo com seus respectivos valores conflitantes. Pena que Xena e gabby não puderam criar a Eva ou a Hope pra vermos o desenrolar disso também neh?
2 BROKE GIRLS: nunca assisti e nunca me atraiu
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Enfim, excelente matéria, por mim teria continuação FACIL! Podia juntar uma galera q shippa sapas e mulheres em tudo q é canto e fazer a parte II. Sabemos q as xenitas amam shippar TODO MUNDO. Eu shippo até Camila Pitanga e Marjorie Estiano da novela das 18hrs, imagina todas juntas q coletânea daria!
E a duvida que ficou, que livro é esse?
FOERST, Angelika. Subtext Matters: The Queered Curriculum Behind the Warrior Princess and the Bard, 2008.
Mary
O livro é na realidade uma tese de doutorado, Chapo. Tem no Google Books, é só dar uma procurada.
Robson Cardoso dos Santos
Precisamos de mais artigos de shippagem! Só não me excluam por eu ser hômi! Quero shippar “muléres” também!
Mary
AHuAHuAHUAHUAH não te excluo Rob! No artigo me referi quase sempre à fangirls, porque 98% da população internética que shipa esses casais, são mulheres. Eu cogitei até em incluir alguns subtextos masculinos no artigo, mas não o fiz por falta de conhecimento dos ships que pensei e falta de tempo pra pesquisar. Quem sabe numa parte dois!
Alê Chmiel
Eu joguei FINAL FANTASY XIII!!! E sim, o subtexto é MUITO forte, e digo mais: são parecidas ao extremo com X&G. Fang é do tipo durona – bem mais que a protagonista Lightning -, voz grave e com um histórico negro. Vanille é de jeito doce e tranquila, e sua admiração por Fang é clara como água. Os olhares, toques, e as repercussões de suas atitudes juntas só levam a crer uma coisa: a escolha de passarem a eternidade juntas leva muito a crer numa relação mais que amizade.