LENYA – A guerreira
Por Mary Anne M.W.
Há duas semanas atrás estava eu passeando entre as prateleiras da locadora que frequento, quando ao parar na sessão dos filmes épicos, teve um que imediatamente me chamou a atenção.
Não, não foi nada como Beowulf, 300, Alexandre, ou qualquer outra super-produção famosinha.
Foi um filme que eu nunca havia sequer lido o nome antes: Lenya, a Guerreira.
Não sei se foi o jeito invocado da moça segurar a espada, não sei se foi a presença de uma mulher entre tantas capas de filmes com brutamontes barbados, não sei se foi a palavra GUERREIRA – que convenhamos, chamaria a atenção de qualquer fã de Xena, mas o caso é que resolvi escolher aquele filme.
Mas antes, obviamente, li a sinopse da capa…
“Lenya é uma bela jovem que foi criada por pais adotivos num [b]pacato vilarejo[/b], longe da violência e das disputas políticas da corte real. Sua verdadeira origem e seu passado ficaram escondidos por anos, e sua força também. Um dia quando seu vilarejo é atacado, seus amigos e familiares são brutalmente assassinados. Lenya consegue se salvar e jura vingança. Na busca pela justiça, a jovem desperta seu lado heróico. Ajudada pelo guerreiro Gero, ela enfrentará a terrível bruxa Kundrie para salvar seu povo e ainda terá bastantes descobertas: sobre seu passado e seus sentimentos….
Hum!Foi o que bastou.Resolvi pegar o filme porque ao ler essa sinopse, ele me lembrou da história de uma outra certa guerreira que conhecemos bem.
Chegando em casa, me apossando da tv, coloquei o dvd.Pra minha surpresa, o idioma original era Alemão.”Interessante”, pensei.
Como havia suspeitado, o filme tinha como plano de fundo a mitologia nórdica.Ou melhor, a mitologia nórdica versus o conceito do Deus Único.Claro, que a frente disso, estava a revoltada e cheia de ódio, Lenya, querendo chutar os traseiros de todos que mataram sua família e descobrindo coisas escabrosas sobre seu passado que envolviam deuses e Valquírias.
O enredo, a idéia do filme é de fato muito interessante – embora não tãooo original – contudo faltou um pouquinho da habilidade Tapeteriana no desenvolvimento desse longa.Peguei o filme achando que veria a moça dando porrada, mas isso ela só faz da metade para o final.Há todo um processo de aprendizagem no qual ela convence o guerreiro Gero a ensiná-la como lutar.O estilo de luta, com subidas pela parede e cambalhotas, novamente lembra nossa Princesa Guerreira, embora o biotipo de “Lenya” não seja o estilo 1,80-olhar penetrante-personalidade forte.Além da pouca luta, outro ponto que me desagradou foi o final meio “aberto”.Tipo, ela vai lá, mata a vilã – a bruxa Kundrie, que era uma espécie de Alti nórdica – e…?Continua sua vida de lutas?Volta pro vilarejo com sua irmã?Larga a irmã no vilarejo e cai no mundo pra procurar sua alma gêmea?Não!Fica olhando para o horizonte com uma cara de paisagem…
Pede continuação, o que pelo baixo orçamento do filme eu duvido que tenha.
Uma história que tinha tudo pra ser boa, mas faltou desenvolvimento.Uma pena.