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2 - 3 minutes readSpartacus

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Yannara Marques

Eu estava pensando em ajudar a RX esse mês falando sobre algum filme. Fiquei um tempão pensando em qual seria quando veio a resposta: quero apresentar, para quem nunca ouviu falar, um épico de 1960 e 184 min: Spartacus! Se a sua primeira impressão foi um “whatahel!l”, olhe novamente. Se está agora tendo um déjà vu não é por acaso. Esse é o dito filme no qual aparecem algumas cenas em Athens City Academy of the Performing Bards.
O filme conta a história de um homem de descendência escrava que estava predestinado a morrer por atacar um guarda (lê-se romper o tendão dele com os dentes!). Um dia, um comerciante de escravos o compra e o leva para ser treinado. Lá conheceVarinia – escrava que se tornará sua mulher – e se destaca nos combates. Até que um dia, dois poderosos patrícios – um deles, Crassus – com suas mulheres chegam ao local e insistem para serem entretidos com um combate até a morte. Spartacus é escolhido para enfrentar um outro gladiador, o qual vence a luta, mas se recusa a matar seu opositor e tenta atacar os que assistiam, ato que lhe custa a vida. Isso enfurece Spartacus de tal maneira que ele acaba liderando uma revolta de escravos, que atinge metade da Itália, deixando o senado Romano tão inquieto que decide revidar.

Dirigido por Stanley Kubrick, famoso por ser minucioso em seus trabalhos, esse não deixa por menos. Cenas originais e comoventes dão à obra centenas de admiradores – incluindo Robert Tapert. É impossível evitar a euforia nas cenas em que o personagem principal (brilhantemente interpretado por Kirk Douglas), s-s-s-saa-saca sua espada (desculpe, momento Twickenham); a agonia ao vermos mais de 8500 de soldados romanos em formação marchando contra o exercito de escravos; a emoção quando, depois de capturados, esses preferiram a morte a entregar seu líder e um coro se levanta gritando “Eu sou Sparcatus!” – que já é um tema super abordado em XWP. Mas aqui me lembro do sacrifício de Cicrope em Lost Mariner para salvar sua tripulação; ou mesmo quando a esposa que ele, Spartacus, julgava morta o encontra morrendo na cruz e apresenta seu filho e diz que vai contar-lhe sobre os sonhos do pai.

Outro destaque para o personagem Antoninus, um jovem mágico e contador de histórias que se junta ao exército de escravos. No início, o líder não sabe como ele poderia servir ao grupo, mas depois de assistir a uma de sua apresentações, Spartacus lhe diz que estava enganado, que qualquer um pode aprender como manejar uma espada, mas o que ele fazia era o verdadeiro dom a ser apreciado. Não preciso nem comentar sobre a quem me lembra a trajetória desse jovem.

E se você é do tipo que não curte muito os filmes “antigos”, algumas vídeo-locadoras já têm uma versão remasterizada e sem cortes. Recomendado não somente para aqueles fãs de épicos, mas para todos que querem ver um filme bem trabalhado.Spartacus deixa qualquer Gladiador no chão.

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