Mitologia

3 - 4 minutes readAs Valquírias

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OBardo

            Não é só de mitologia grega que vivia XWP. E não é só de mitologia grega que sobrevive essa coluna. Pegando a sugestão de algumas pessoas, este mês o artigo é sobre as Valquírias, da mitologia nórdica.  

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            As Valquírias eram virgens guerreiras. Elas eram loiras de olhos azuis, cavalgavam corcéis, vestiam-se com armaduras, elmos e carregavam lanças (ou arcos e flechas). Correspondem de certo modo as Erínias (Fúrias), da mitologia greco-romana, sendo as “Defensoras dos assassinados” mas elas não possuíam a ânsia grega de vingança do matricídio, típica das Eríneas. No entanto, o nome de algumas Valquírias retêm uma concepção das selvagens primais das Erínias: Hlokk (a Estridente), Goll (a Gritadora) e Skogul (a Violenta).

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Estátua de uma Valquíria com lança – Copenhagen, Dinamarca.

Enquanto os homens lutavam nos campos de batalha, um outro exército sobrevoava os combates. Eram as Valquírias, montadas em cavalos alados, com a única função de selecionar entre os soldados mortos os mais bravos. A tarefa era feita com ajuda do deus Tyr, que indicava quais dentre os mortos mereciam ser escolhidos. Metade desses era levada para o palácio da deusa Freya. Ela é uma das líderes das Valquírias, além de ser a deusa do amor sensual, da fertilidade e do parto. No palácio de Freya, os soldados tinham uma vida de descanso e prazeres, e quando suas mulheres ou amantes morriam, Freya as convidava para juntarem-se a eles.A outra metade dos escolhidos era levada pelas Valquírias ao Valhalla, palácio onde Odin mantinha aqueles que formariam seu exército durante a batalha do Ragnarök (Destino Final dos Deuses).

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The Valkyrie’s Vigil (A Vigília da Valquíria), de Edward Robert Hughes

As Valquírias serviam também de mensageira de Odin, e enquanto cavalgavam pelos céus, suas armaduras faiscavam, provocando o fenômeno conhecido como Aurora Boreal.

            As Valquírias originais eram: Brynhild ou Brynhildr (“correspondente da batalha”,                                                      muitas vezes confundida com Brunhilde, da Saga dos Nibelungos), Sigrun (“Runa da Vitória”), Kara, Mist, Skogul (“Batalha” ou “A Violenta”), Prour (“Força”), Herfjotur (“Grilhão de Guerra”), Raogrior (“Paz do Deus”), Gunnr (“Lança da Batalha”), Skuld (“Aquela que se Torna”), Sigrdrifa (“Nevasca da Vitória”), Svava, Hist (“A Agitadora”), Skeggjold (“Usando Um Machado de Guerra”), Hildr (“Batalha”), Hlokk (“A Estridente” ou “Estrondo de Guerra”), Goll ou Göll (“Choro de Batalha” ou “A Gritadora”), Randgrior (“Escudo da Paz”), Reginleif (“Herança dos Deuses”), Rota (“Aquela Que Causa Tumulto”) e Gondul ou Göndul (“Varinha Encantada” ou “Lobisomem”).

            O mito das Valquírias inspirou o compositor alemão Richard Wagner a compor uma ópera, “Die Walküre” (A Valquíria). Além disso, as Valquírias são um tema muito comum nas representações artísticas, como pinturas, desenhos e esculturas, principalmente nos países do norte da Europa e Alemanha.

            Existe ainda um jogo de videogame inspirado no mito das Valquírias. É o “Valkyrie Profile”, da Sony, que tem como personagem principal Leneth, uma Valquíria com a missão de recrutar combatentes para o Ragnarök. O jogo foi lançado para o Playstation, e alguns anos depois, devido ao grande sucesso, foi relançado para o PSP (playstation portátil) e uma seqüência para o Playstation 2, com o subtítulo de “Leneth” para o PSP e”Silmeria” para o PS2, que foca a história centenas de anos antes do dos ocorridos na primeira versão do jogo.

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            O tema desse mês foi escolhido baseado nas sugestões que recebi na Universidade Xenite, por scrap e MSN. Espero que os que sugeriram “Mitologia Nórdica” ou “Valquírias” tenham gostado do resultado. Mês que vem eu volto com mais um tema sugerido por outros xenites…

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