34 - 48 minutes readGdE: Xena – 01×01
Índice
Episódio: Sins of the Past
EPISÓDIO Nº. 01
- Versão : Pecados do Passado
- Variantes: 01×01; S01E01;
Produção nº: 76901
Roteiro nº: 101
Início das gravações em: 14 de Junho de 1995
Roteiro Pink: 21 de Junho de 1995
Roteiro Blue: 27 de Junho de 1995
Período aproximado de gravação: Junho-Julho 1995
Data da primeira exibição do episódio: 04 de Setembro de 1995.
SBT: 1996
Convidados Especiais
- Michael Hurst (Iolaus)
- Lucy Lawless (Xena)
- Elizabeth Hawthorne (Alcmene)
Elenco Regular
- Jay Laga'aia (Draco)
- Darien Takle (Cyrene)
- Stephen Hall (Hector)
- Linda Jones (Hecuba)
- Willa O'Neill (Lila)
- Geoff Snell (Herodotus)
- Anton Bentley (Perdicas)
- David Perrett (Gar)
- Patrick Wilson (Cyclops)
- Wally Green (Old Man)
- Roydon Muir (Kastor)
- Huntly Eliott (Cidadão importante)
- Winston Harris (Menino)
Créditos
- Escrito por Robert Tapert
- Roteiro adaptado para TV por R.J.Stewart
- Editado por Jim Prior
- Dirigido por Doug Lefler
Sinopse
Na tentativa de desistir de seu próprio passado, sua condição de guerreira (maléfica e sanguinária), Xena acaba sem querer salvando o vilarejo de Gabrielle. Isso desperta a atenção de um antigo fantasma do passado de Xena: Draco. Após salvar o vilarejo de Gabrielle, Xena vai para Amphípolis sua terra natal, pois ouviu que Draco rumaria para lá para destruir não apenas o vilarejo, mas também a própria Xena. (Por questões não resolvidas entre os dois).
Xena não é bem recebida lá. Seu povo não confia nela por causa de seu passado, mas isso não a impede de prosseguir tentando defendê-los.
Fofocas
- O conteúdo deste bloco pode ser encontrado em Whoosh
- Entrevista de Renee O’Connor (ROC) para a Upbeat Magazine em 26 de Fevereiro de 2001, com edição de Sonia Satra.
Entrevista com Renee O’Connor (ROC)
UPBEAT: Quantos anos você tinha quando começou em ‘Xena’?
ROC: 24.
UPBEAT: Então você cresceu nesse show?
ROC: Sim, cresci nesse show. E é engraçado pra mim olhar pra trás, para os episódios mais antigos, eu consigo lembrar exatamente o que estava acontecendo pessoalmente pra mim naquele tempo, e é realmente interessante isso. Foi incrível.
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UPBEAT: Tanto como atriz, como diretora, como você sente que a mídia vem criando o suficiente de personagens femininas fortes ?
ROC: Bem, pra falar a verdade, nos últimos seis anos, eu dificilmente consegui assistir qualquer coisa na tv, por causa da quantidade de horas que eu ficava em set. Eu chegava muito tarde da noite e então eu estudava para o dia seguinte. É difícil acreditar que perdi a maior parte de Seinfeld, eu perdi boa parte de Friends e perdi todos esses shows que tiveram certo impacto na nossa geração, na nossa cultura. Eu perdi tudo isso. Eu não sei nada dos personagens. A única coisa que notei foi como Xena foi revolucionária enquanto personagem naquele tempo e como ela realmente fez com que as coisas se desenrolassem e como isso tem impacto hoje, dentro da indústria, criando personagens femininas complexas, para papéis de ação. Quer dizer, veja Lara Croft (de Tomb Raider) _ Eu nunca imaginava lá atrás quando eu estava em Los Angeles, que existiria um filme de ação com uma personagem feminina no papel de heroína, aquilo nunca seria possível. E é incrível. Eu lembro quando Rob (Tapert) estava tentando tirar Xena do papel, eu não estava ali com ele pessoalmente, mas eu lembro e é muito vívido pra mim, que lá nós éramos azarões sabe, ninguém esperava muita coisa de nós, e é incrível ver o que aconteceu desde então. Provavelmente estamos na premissa de algum tipo de papel revolucionário para as mulheres. Talvez o ponto de viragem já tenha acontecido, quer dizer, para onde mais as mulheres podem ir daqui? Eu não sei, talvez só precisemos continuar avançando e ver o que acontece.
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Comentários de R.J. Stewart
12 de março de 2000. Na Starlog Magazine #271. R. J. Stewart disse que havia um acordo mútuo de que ele não seria o showrunner se o script piloto não funcionasse, porque não há pesadelo pior do que ficar preso num contrato onde eles te odeiam.
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12-21-98. Da conversa de R.J. Stewart (o produtor executivo de XWP) no RealHollywood em 15-12-98:
- twgie pergunta “Você sempre foi produtor deste show ou começou como escritor e depois se tornou produtor?”
R.J.Stewart responde “Fui contratado como co-produtor executivo desde o primeiro dia, quando era um piloto. O personagem havia sido criado em Hércules em uma trilogia. John criou o personagem e Rob o vendeu por 22 episódios antes de eu entrar… mas um piloto tinha que ser escrito e foi isso que escrevi… a franquia com X e G e desde aquele primeiro dia l… agora sou produtor executivo… então fui produtor desde o começo.”
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Informações Adicionais
09-27-98. Lá atrás, durante a Burbank II Con (Janeiro de 1998), Brad Carpenter (ex-Diretor de Marketing da RenPic) afirmou que o personagem de Gabrielle foi escrito especificamente para Renee O’Connor. Essa informação coincide com um artigo do LA Times de início de 1996 onde entrevistaram uma mulher que recebeu a oferta para o papel de Gabrielle, mas recusou porque não queria trabalhar na Nova Zelândia.
09-27-98. No Reino Unido, os episódios são bastante censurados. Foi reportado em Maio de 1998 que SINS tinha censurado em várias estações a interação de Gabrielle com o Ciclope (violência descrita em excesso, talvez?) e Draco matando Hector para o final.
09-27-98. Lá atrás, durante a Burbank II Con (Janeiro de 1998), perguntaram a Kevin Smith qual era o seu senhor da guerra favorito. Ele disse Draco, por causa do “cabelo”.
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01-03-98. De uma entrevista com R.J. Stewart que aconteceu em 3 de julho de 1997:
- WW: Como surgiu a criação de XENA?
RJ: HERCULES foi um programa de TV bem-sucedido da MCA. Eles introduziram uma vilã na primeira temporada chamada XENA. JOHN SCHULIAN escreveu esse personagem. As pessoas gostaram dela e disseram vamos fazer uma série derivada. Rob Tapert criou a ideia da série e escreveu a história para o primeiro episódio. Fui contratado para escrever o piloto, fazer da Xena uma garota boa, e criar o personagem de Gabrielle. - WW: A UNIVERSAL tinha especificamente você em mente para escrever o piloto?
RJ: Eles conheciam o meu trabalho e eu já havia me encontrado com Rob em alguns outros projetos e houve sa
Diferenças de Roteiro
- O texto a seguir foi escrito por “SheWho” do site Whoosh.org. Optamos por trazer apenas alguns trechos mais pontuais.
Cenas | Descrição no Resumo | Descrição no Episódio |
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TSc. 1 a TSc. 3 | Draco e Xena se encontram e Draco oferece uma aliança a Xena. | Não há interação entre Draco e Xena nestas cenas. |
ISc.1 | Xena salva uma aldeia e conhece Gabrielle. | Xena salva a aldeia, conhece Gabrielle e é inicialmente rejeitada pelo pai de Gabrielle, Herodotus, que a quer fora da aldeia. |
ISc.2 | Draco recruta arqueiros para seu exército. | Draco pune um de seus homens (Hector) e discute os planos de recrutamento de arqueiros. |
ISc.3 | Draco e Xena discutem, Xena rejeita a oferta de Draco. | Draco e Xena se encontram, discutem, e Xena pede para Draco poupar a aldeia. Draco sugere uma aliança, que Xena recusa, mas ele concorda em poupar a aldeia por “velhos tempos”. |
ISc.4 | Gabrielle decide seguir Xena. | Gabrielle decide seguir Xena, diz adeus à sua irmã e tenta convencer um homem a dar-lhe uma carona para Amphipolis. |
[ACT II] e [ACT III] | Draco planeja atacar Amphipolis para atrair Xena. | Draco planeja atacar Amphipolis, enquanto Xena retorna para casa e enfrenta a rejeição da comunidade e de sua mãe. |
[ACT IV] | Xena e Draco lutam. A aldeia apoia Xena. Draco é derrotado. | Xena e Draco lutam em uma estrutura elevada, com o perdedor destinado a morrer. A aldeia apoia Xena, e ela derrota Draco, mas o poupa, fazendo um acordo para ele deixar a aldeia em paz. |
Pontos Altos
- A luta em cima das cabeças, que é referência ao filme “Fong Sai Yuk” (com Jet Li no papel princípal). Temos um texto da Mary aqui falando sobre a referência a este post.
- A cena de Xena enterrando a armadura e lutando sem nada nas mãos.
Análise do Episódio
No episódio inaugural “Sins of the Past”, somos conduzidos ao redemoinho de emoções que envolve a reconciliação de Xena com seu anseio por fazer o bem, enquanto Gabrielle vislumbra um horizonte mais amplo que o seu destino predefinido. Este episódio emerge como um divisor de águas, esculpindo o início das jornadas transformadoras que ambas as personagens estão prestes a embarcar. Ao reencontrarmos Xena, somos surpreendidos por evoluções marcantes – um novo corcel, uma armadura menos ostentiva, e a adição da manobra no pescoço ao seu repertório de habilidades. Xena se desvenda mais resoluta, um reflexo talvez de um período de introspecção e desafios enfrentados desde sua última aparição. Há um momento peculiar onde Xena tenta sepultar seu passado ao enterrar sua armadura e armas. O episódio sutilmente insinua que um evento grave a impulsionou a querer renunciar à jornada de redenção como guerreira. Este ato carrega um tom de finalidade, sinalizando uma metamorfose profunda em Xena. Apesar de enterrar suas armas, Xena descobre que sua essência guerreira permanece intacta. No calor da batalha, sua chama guerreira se reacende, reforçando sua determinação de resguardar os inocentes. Gabrielle, com sua pureza e bravura, desempenha um papel crucial ao ajudar Xena a aceitar sua verdadeira natureza. Xena está redefinindo a maneira como percebe e interage com as pessoas, demonstrando uma evolução de sua antiga persona cruel para uma defensora do bem. Seus confrontos com personagens como Draco e o cíclope cego revelam uma Xena em busca de justiça, não de vingança.
Gabrielle é apresentada como uma jovem ávida por mais do que sua vida predefinida lhe oferecia. Seu encontro com Xena é um catalisador, proporcionando a ambas um novo rumo a seguir. Gabrielle, com sua ingenuidade e determinação, introduz uma nova perspectiva para Xena, auxiliando-a em sua jornada de redenção. A chegada de Xena na vida de Gabrielle acende um anseio por aventura e auto-descobrimento. Gabrielle enxerga em Xena a possibilidade de uma existência além do ordinário, e sua decisão de acompanhar Xena simboliza o início de uma amizade que desafiará e enriquecerá ambas. A ligação formada entre Xena e Gabrielle torna-se a essência da narrativa, ilustrando como relações profundas podem catalisar mudanças expressivas, conduzindo a descobertas pessoais e a uma jornada de redenção e autodescobrimento. Esta análise reflete a complexidade das personagens e o desenvolvimento meticuloso que as prepara para as aventuras que enfrentarão juntas.