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4 - 6 minutes readGdE: Temporada 1 x 13: Gabrielle, a contadora de Histórias

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EPISÓDIO Nº. 13
Temporada 1, episódio 13
Series 113

Nome em Português: Gabrielle, a contadora de histórias

Nome em inglês: Athens City Academy of Performing Bards

Nº de Produção: 76916
Nº do Roteiro: 111
Datas aproximadas de gravação: Setembro-Outubro de 1995.

Data da primeira exibição do episódio: 22 de Janeiro de 1996.

SBT: 1996-1997* (Precisamos confirmar)

Convidados Especiais

Elenco Regular

Créditos

Sinopse

De repente, estamos em “O Acerto de Contas”, onde Ares, disfarçado, luta com Xena, mas na verdade, é Gabrielle narrando a aventura para um grupo, quando um jovem lhe informa sobre uma vaga na Academia de Bardos em Atenas. Gabrielle, inspirada, abandona temporariamente Xena para participar da competição, usando suas histórias sobre as façanhas de Xena para impressionar. Entre desafios e amizades novas, ela enfrenta obstáculos, mas sua paixão pela narrativa e por Xena a guia. Apesar de ser expulsa por vários motivos, suas histórias sobre Xena restauram sua posição, com a ajuda de seus novos amigos, incluindo Orion, que revela ser Homero. Finalmente, Gabrielle retorna para Xena, sua lealdade inabalável, marcando a importância da amizade e do poder da narrativa.

Fofocas

 

Em 16 de setembro de 2000, Dean (Orion) O’Gorman estava na Convenção Panatenéia em Londres, Inglaterra. Ele mencionou que os atores não sabiam que seriam usados clipes de filmes antigos, como os filmes de Hércules com Steve Reeves e Spartacus. Parece que eles apenas esperavam que fossem utilizados clipes da própria série.

Em 31 de janeiro de 1998, Maggie Hickerson, coordenadora de roteiro de XWP, compartilhou uma história interessante sobre o episódio “ACADEMIA DE BARDOS DA CIDADE DE ATENAS”: quando Steve Sears lhe entregou o roteiro, ela notou que um dos personagens, que tinha gagueira, era chamado Twickenham, e isso a fez rir muito porque Twickenham é sua cidade natal. Isso veio de uma conversa quando ela se juntou à equipe e, ao se apresentarem, mencionou ser de Twickenham. Sears comentou que gostava desse nome e que o usaria em um roteiro um dia.

Em 27 de janeiro de 1998, Nicholas Nayko expressou surpresa ao ler no livro “Guia Completo do Xenaverso” de Robert Weisbrot que R. J. Stewart, um dos roteiristas, usou a peça “Helena”, de Eurípides, ambientada no Egito, como justificativa para sua liberdade criativa com personagens mitológicos e históricos estabelecidos. Stewart argumentou que, se Eurípides pôde fazer isso, ele também poderia. No entanto, parece que Stewart não compreendeu que a peça se passa após a Guerra de Troia, quando Helena vai ao Egito encontrar-se com Menelau. Stewart insistiu que Helena deveria estar em Troia, não no Egito, apesar de até Heródoto afirmar que Helena foi ao Egito, mostrando uma falha na justificativa de Stewart.

 

Pontos Altos

  • Gabrielle pegando o gancho do professor dos Bardos e fazendo melhor do que ele.

Análise do Episódio

Para escrever essa análise eu passei por uma experiência diferente. Já vi esse episódio em inglês, já vi dublado. E hoje eu OUVI dublado. Simplesmente baixei e ouvi como uma rádio novela. Fiz isso por algumas razões de ordem pessoal, mas, acabou me dando outra perspectiva do roteiro.

Ouvir o episódio de uma Gabrielle contando histórias, sabendo que o episódio era assinado por Steven Sears me fez ouvir como se fosse o Steven contando histórias sobre a personagem que ele tem maior apreço (não que não tenha por outros, mas a Gabrielle é especial).

E esse episódio é exatamente isso, a Gabrielle contando sobre Xena e se apaixonando por Xena. Não que não a ame, mas fica claro aqui o quanto Xena é importante pra ela. Ela opta por deixar a Academia de Bardos para se aventurar ao lado de Xena. E Xena respira aliviada por rever sua amiga.

Esse episódio honra mais uma vez a questão de gênero, porque o pai de Homero (sim, aquele Homero, da Ilíada etc etc) fala pra ela “ninguém se importa com histórias de cozinha”, tentando reduzir Gabrielle ao “papel feminino” (imposto pela sociedade patriarcal). E ela não só faz Homero se reconectar com seu bardo interior, como se destaca entre todos os outros contadores de histórias.

Importante recado para as crianças: Não deixem de estudar para casar, Gabrielle não tinha o que aprender com a Escola de Bardos de Atenas, mas ela aprendeu de outras formas e trilhou outras estradas de aprendizagem.

Geralmente estes episódios chamados “clip show” (que são cortes de episódios com lembranças) são considerados mais “fracos”, no entanto, a experiência da “contação de histórias” criada por Gabrielle nos envolve no episódio. E eu realmente recomendo que se puder, ouça essa dublagem sem nada mais. Coloque os fones e transforme “Gabriella contadora de histórias” numa experiência de radio novela.

A história mostra alguns pontos importantes:

  1. Gabrielle ama Xena.
  2. Xena ama Gabrielle.
  3.  Nenhuma delas se deu conta disso, mas a troca de frases e a cumplicidade (e a incapacidade de ficarem longe uma da outra) mostra que sim, os autores, sobretudo Sears, sabiam o que estavam fazendo. Mas, que infelizmente sempre haverá um R.J. Stuart para dizer que “não, elas são héteras”…

Outra coisa que a história mostra: Gabrielle está começando a se perguntar sobre seu chamado. Ela queria muito ser escritora, e Xena nunca a impediu, ela não falou “não me deixe para seguir seus sonhos” ela enfatizou o contrário “Eu nunca a impediria de seguir seus sonhos”. Acho que essa é uma das mais belas declarações de amor de Xena pra Gabrielle no começo da série.

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