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6 - 8 minutes readA Sétima Arte, Colorida (6)

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Olá pessoal! Nesse mês de Outubro, quem escolheu os filmes foi a Ary!

Espero que vocês gostem dos filmes escolhidos, e já sabem! Caso os tenham visto, sintam-se à vontade para deixar seus próprios comentários ali embaixo!

Lembrando que assim como neste mês, aceitamos convidados na coluna para meses futuros. Para participar basta enviar um e-mail para [email protected] para se informar sobre disponibilidade e pegar a lista de filmes para o mês seguinte!

TRANSAMERICA (2005)

Eat your vegetables. You might want to use a fork. Just an idea.

 

Mary

Que filme agradável! História tocante, sensível, com a dose certa de humor e fundo educativo. O estilo Road Movie do filme nos permite acompanhar mais do que a jornada de viagem, mas também a jornada emocional de Bree Osbourne, interpretada dignissimamente por Felicity Huffman que faz um trabalho todo especial com postura e voz, pra dar vida a essa personagem atormentada pela angústia de não conseguir “se encontrar” no corpo certo.
A questão da identidade de gênero ainda é assunto causador de dúvidas e julgamentos errados na nossa sociedade, principalmente no que diz respeito aos “tons de cinza” (e não, eu não me refiro a aquele livro infeliz). Definir gays e lésbicas provavelmente a maioria sabe (ainda que existam definições errôneas carregadas de estereótipos), mas o conceito de transsexual, travesti, crossdresser, genderqueer ainda é um mistério para muitos, e o filme tem sucesso ao mostrar que nem todos os transsexuais são “bees espalhafatosas, emplumadas e cheias de glamour” como algumas produções sugerem.
Enfim, um ótimo filme, dramático, mas de certa forma feliz, emocionante e comovente.

Nota: 4,0

 

Titus

Juro pra vocês que eu não sabia se era ator, atriz, como tava forçando a voz ou o que, só sei que quem interpretou Bree passou MESMO a imagem de um homem que virou uma mulher (mulher transexual). A propósito adoro o nome dela, Bree, todo delicado, que nem ela, e bem distante de seu antigo nome, Stanley – Stan, the Man – como carinhosamente o filho se referia ao pai que havia sumido da sua vida. E é bem louca essa relação do filho, Toby, com a Bree, porque uma hora dá raiva dele, outra hora um pouco de raiva dela, outra hora dó dos dois, enfim, só sei que esse filme tem uma das cenas de incesto, embora leve sexualmente, mais perturbadoras e intensas que eu já vi. E o final do filme não é bem como eu queria, mas foi bastante adequeado acho, mas isso vocês vão refletir depois que verem o filme. E quem faz o Toby é o Kevin Zegers, muito gato, parece o Zac Efron LOL

Nota: 5,0

 

Ary

Transamérica é uma surpresa! Uma surpresa atrás da outra, na verdade. O filme começa de forma lenta; nós vamos descobrindo minuto a minuto, como é a vida de um transsexual que já está na fase final de sua transformação, beirando à cirurgia. Logo depois, a trama começa a ficar mais intensa, já que Bree descobre que tem um filho, gerado na época em que ainda possuia características masculinas. Imagina o que se passaria na cabeça desse garoto? E Bree consegue passar pela situação de forma sutil e ao mesmo intensa, levando a mensagem de que não importa o que você tem no meio das pernas e sim quem você por dentro, que define seu caráter. Embora ela necessitasse daquela mudança, sua personalidade já era concreta ao ponto de conquistar o amor e respeito do filho.

Nota: 4,0

 

MÉDIA:  4,3

 

A SINGLE MAN (2009)

For the first time in my life I can’t see my future. Everyday goes by in a haze, but today I have decided will be different.

 

Mary

Que fotografia linda! E atuações de grande destaque. O filme exalta a importância de pequenas coisas, envolto numa melanciolia que chega a ser bela. O romance de George e seu companheiro é mostrado de forma sutil, delicada e carregada de um amor que passa sinceridade. Enfim, não é um filme que levante bandeiras de causas sociais ou traga uma história de aventura, mas sim um olhar comtemplativo ao íntimo de um homem enlutado pela perda de outro homem.

Nota: 4,0

 

Titus

É o típico filme que agrada à Academia, do Oscar: profundo, psicológico, calmo… o pessoal fala bem da fotografia, mas particularmente eu acho que eles dão preferência às cores neutras, o que é o caso desse filme, mas o diretor faz uns jogos de matiz e saturação muito bons, combinando com o psicológico da personagem principal, George (Colin Firth), tipo quando ele vê algum olho verde e tudo fica cheio de vida, é bem louco. Mas tem umas coisas que a gente acha que vai dar em algo, mas não dão em nada, é bem isso a mensagem do filme, não esperar que nada de bom vá acontecer, pelo menos do ponto de vista de George. E todo mundo falou que o Colin Firth atuou tão bem e tal, mas sinceramente, o cara sorriu mais quando ficava com a amiga dele do que nos flashbacks com o amor da vida dele… Não me convenceu num papel gay – ou se foi idéia do diretor eu não sei, mas não gostei.

Nota: 3,5

 

Ary

Filme comprometido com o roteiro. E é disso que eu gosto. Quando a direção é tão bela e o ator tão deliciosamente incluso no seu papel, que o roteiro é seguido passo a passo, de forma perfeita e singela. Eu suspiro, ao falar de A Single Man. A Gayzice impregnada no filme é doce, é tão bela e ao mesmo tempo, depressiva… E a imagem? Meu Zeus, que imagem, que fotografia… No final, nós ficamos estupefatos. Como se o filme tivesse acabado na hora errada, ou como se faltasse algo… Mas alguns minutos depois,percebemos que não teria um desfecho melhor.
Perfeito.

Nota: 5,0

 

MÉDIA: 4,1

 

WHAT MAKES A FAMILY (2001)

 

Mary

Eu tinha assistido esse filme há uns 5 anos, numa madrugada da Globo, mas desde lá (apesar da dublagem e do meu sono) ele me chamou atenção. Se vocês procuram um filme lésbico “alegrinho”, não é em What Makes a Family que vocês encontrarão. Ele é um filme PESADO. Pesado por causa dos dois assuntos em que ele foca, a falta de reconhecimento da união de pessoas do mesmo sexo e as consequências que ela traz, e a perda de um parceiro e as dificuldades de lidar com o que se segue. Isso somado ao fato de ser baseado numa história real, torna as coisas ainda mais tensas.
Tenho verdadeira aflição de ver a personagem Sandy definhando aos poucos e “brigando” com todas as forças, recusando-se aceitar a derrota, e mais aflição ainda quando Neen tem sua filhinha arrancada dos braços.
Mas infelizmente filmes felizes nem sempre tem o impacto que dramas como essa causam, e esse impacto é necessário pra gerar comoção e REAÇÃO a um sistema. Reação como a de Neen, que como uma verdadeira leoa protegendo o filhote, declarou guerra à constituição de um estado todo e com ajuda da advogada, interpretada belissimamente pela grande Whoopi, conseguindo algo antes inédito.

Nota: 4,0

 

Titus

A Sandy é uma fofa, gente! O filme é muito triste, caramba, ainda mais por ser baseado em fatos reais. É horrível ver uma mulher tão cheia de vida, ao lado da mulher da vida dela, criando a filha delas, perdendo toda essa energia ao longo dos anos, por causa de uma doença fatal, que é o lúpus. Fora o ódio que a gente sente dos pais preconceituosos da Janine, o amor de Sandy Cataldi, e como adoramos os pais da Sandy, até certo ponto. Amei a atuação da pequena Jordy Benattar, que interpreta a filha do casal lésbico, Heather, e da super Whoopi Goldberg, sempre badass. Enfim, esse filme faz chorar muito, de alegria, de tristeza, de medo… Muito lindo, recomendo.

Nota: 5,0

 

Ary

Triste. Essa palavra define. Porém, é surpreendente. Por diversos fatores… Primeiro, uma atriz famosa interpretando uma homossexual (Brooke Shields), segundo, a relação maternal incrível que é passada ao público.
Com uma direção magnífica  o filme nos emociona, instiga e sentimos raiva em quase todos os segundos. É pesado, nada sutil. A forma como a situação é levada pelos personagens, chega a ser irritante. Porém, a mensagem é fenomenal e qualquer gay que tem vontade de ter filhos, seja lá de que forma, deveria assistir.

Nota:  4,5

 

MÉDIA: 4,5

3 Comments

  • Chapo

    fiquei MUITO curiosa pra ver transamerica!!!
    o segundo não me chamou atenção…
    é a juliane moore ali? ela ta gostando de filmes gays ou eu q tou por fora??
    o terceiro vi e morri vendo. Recomendo pq nem só de gaselinhas saltitantes se fazem boas atuações de homossexuais. E realmente é PESADO.

    BOAS DICAS!

  • Luiz Carlos

    Para quem procura uma boa dica,assistam ‘Fucking Amal’.Um filme europeu que aborda o tema do lesbianismo com muita maturidade.O melhor que ja vi,muito melhor que ‘Assunto de Meninas’,um americano razoavel,mas com final previsivel.

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