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2 - 3 minutes readAstronomia Xenítica – Por Vivianni Cordeiro

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Vivianni Cordeiro

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Com certeza vocês devem se lembrar que em 2005 foi anunciada a descoberta de um objeto 27% maior que Plutão orbitando a cerca de 15,000,000,000 km de distância do Sol e que leva 557 anos para completar uma volta ao redor do mesmo.Ãh? Não lembra? Tudo bem, mas você deve se lembrar da famosa história do “Planeta” Xena e sua lua Gabrielle, não é?

“Planeta” porque na época não se sabia se poderia ou não chamar o objeto catalogado como UB313 de planeta. Entre outros, os motivos eram: a estupenda distância em relação ao Sol, e o fato de que a definição de planeta estava sendo revisada, uma vez que se planejava encontrar muitos outros corpos como esse nos próximos anos, não só no nosso Sistema como fora dele, e a questão era: uma vez que ele não estava encaixado em nenhuma categoria, então não se sabia quais regras de nomenclatura da União Internacional de Astronomia (IAU) se aplicaria a ele. Então, durante uma entrevista ao New York Times, o chefe da pesquisa confessou que a equipe costumava chamar o “planeta X” de Xena. E enquanto a IAU não decidia o que Xena era, o nome ficou famoso.

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Em 2006, a IAU fez uma série de debates acalorados entre aqueles que queriam que Xena fosse considerado o décimo planeta e aqueles que preferiam rebaixar até Plutão pra isso não acontecer. Em uma das ocasiões, os primeiros venceram a eleição por 11 votos no total de 19, mas parece que o outro grupo tinha mais influência e conseguiram criar a classificação de “planetas-anões” para objetos como esses que estavam sendo descobertos e ficou decidido assim até segunda ordem. Outra coisa é que, de qualquer forma, esse nome não poderia permanecer e a solução encontrada foi renomear o corpo como Eris, a deusa grega da discórdia, e sua a lua para Dysnomia, filha de Eris, que significa “lawlessness”, fazendo uma referencia longínqua à Lucy, mas apesar dessa resolução parecia que a fama do Planeta Xena era maior que as ordens superiores da IAU, e em várias referências ainda se encontrava o nome Xena no lugar de Eris.

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A peleja só se teve fim na XXVII IAU GENERAL ASSEMBLY, que aconteceu em agosto desse ano no Rio de Janeiro, quando se decidiu oficialmente que não existem mais nove planetas no Sistema Solar e sim oito, e Xena, ops… Eris, continuaria na categoria em que se estava determinado, acabando com o sonho Xenítico de ter um planeta inteiro dedicado à nossa paixão. Mas quem sabe, quando um dia forem descobertos tantos planetas que não existam mais seres da “mitologia real” a serem homenageados, não se resolva dedicar um sistema estrelar inteiro à mitologia xenítica, com direito a estrelas Xena e Gabrielle e planetas Eve, Lao Ma, César, Mi’La, Callisto, Cyane, Brunhilda, Varia…

 

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