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23 - 31 minutes readGdE: Temporada 01xEpisódio 16 “Entre o Céu e o Inferno”

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A imagem mostra duas mulheres de frente uma para a outra, ambas vestidas com trajes que sugerem personagens de uma ambientação de fantasia ou época antiga. A mulher à esquerda tem cabelos loiros, compridos e parcialmente trançados, e usa um vestido marrom que parece rústico e funcional, com detalhes que sugerem um design inspirado na Antiguidade ou em culturas guerreiras. Ela segura um pedaço de papel ou pergaminho. A mulher à direita tem cabelos pretos, longos e lisos, e veste uma roupa preta com detalhes que podem indicar uma persona mais guerreira ou sombria, com um cinto que contém vários objetos pendurados, possivelmente armas ou ferramentas. O fundo mostra um corpo de água tranquilo, como um lago, e a iluminação é brilhante, indicando que a cena ocorre durante o dia. No canto inferior direito, há um logotipo e o texto "XENA 12 YEAR" junto com "TM & © Universal Television", sugerindo que a imagem é de uma produção relacionada à série de televisão "Xena: A Princesa Guerreira".

EPISÓDIO Nº. 16
Temporada 1, episódio 4
Series 116

Nome em Português: Entre o Céu e o Inferno (Amado Mortal)

Nome em Inglês: Mortal Beloved

Nº de Produção: 76919
Nº do Roteiro: 115
Datas aproximadas de gravação: Novembro 1995

Data da primeira exibição do episódio: 12 de Fevereiro de 1996

SBT: 1996-1997*

Convidados Especiais

Elenco Regular

Créditos

Sinopse

A visita de seu amado Marcus, agora um fantasma, faz Xena viajar até o Submundo — onde um homem louco roubou o Elmo de Hades da Invisibilidade.
Xena cruza o rio Styx para o Submundo para ajudar seu amado morto a parar esse louco de destruir os Campos Elíseos.
Mas o louco escapa do submundo com o Elmo. E agora?

Fofocas

Em 17 de dezembro de 1998, Chris Weaver postou no newsgroup alt.tx.xena sobre a exibição do episódio “Mortal Beloved” de Xena pela USA, questionando se Raimi e Tapert estavam utilizando elementos da série _Evil Dead_. Ele mencionou que a maquiagem usada em Michael Hurst, que interpretou Caronte, o fez lembrar imediatamente da maquiagem e dos figurinos de _Evil Dead_. Além disso, o vilão do episódio, Antímedes?, parecia ter uma aparência semelhante. Chris achou particularmente engraçado o comentário “wicked and dead” (malvado e morto) no episódio.
 
No mesmo dia, NZJester respondeu, sugerindo que o filme “The Frighteners” de Peter Jackson, estrelado por Michael J. Fox, poderia ter influenciado mais a aparência de Michael Hurst como Caronte do que os filmes de _Evil Dead_. Ele destacou que a empresa neozelandesa “WETA”, fundada por Peter Jackson para cuidar dos efeitos especiais e figurinos de seus filmes, também trabalhava em muitos dos figurinos especiais para Xena e Hercules. NZJester mencionou ter visto um segmento no canal Discovery sobre os bastidores de “The Frighteners”, onde foi mostrada a oficina da WETA e, em uma cena, estava pendurado na parede o figurino de Dagnine, o Centauro Maligno, usado em “Orphan of War”, um episódio de Xena. Ele também observou que a WETA foi creditada em muitos episódios de Xena.
 

Mitologia

Texto traduzido (Por Whoosh.org); Tradução (Amanda Perbeline)

Estas anotações são de Cleanthes sobre a mitologia relacionada ao episódio de Xena que envolve o Lago Alcíone. R.J. Stewart, o roteirista, seguiu de perto as fontes clássicas ao retratar Xena nadando até o submundo através do Lago Alcíone, embora o script tenha escrito incorretamente como “Lago Alconiano”. A referência vem de Pausânias, um escritor grego que viveu entre 243-276 d.C., que menciona o Lago Alcíone e a descida de Dionísio ao Hades para trazer Semele de volta, com a ajuda de Palymnus.
 
O Lago Alcíone é mencionado mais algumas vezes por Pausânias e outros autores clássicos, sendo dito como o lago mais profundo, possivelmente sem fundo.
 
A visita de Dionísio ao Hades também é mencionada em “As Rãs” de Aristófanes, onde Dionísio cruza “o lago sem fundo” para visitar o submundo.
 
Alcíone, na mitologia, é dita ser cunhada de Sísifo, o que pode explicar as frequentes fugas de Sísifo do Hades nos programas de Hércules e Xena.
 
Na mitologia do programa, Gabrielle desempenha o papel de Alcíone, esperando pelo retorno de seus amores. Do ponto de vista simbólico, “Mortal Beloved” é todo sobre Gabrielle ao lado do lago. Apesar de XWP ser um show de ação, três cenas de Gabrielle fazendo nada são incluídas, destacando uma calma total, até mesmo sem música de fundo em duas delas. A palavra Halcyon (Alcíone, em português), que significa calma e feliz, deriva do mito de Alcíone, que foi transformada em um pássaro que traz bom tempo pelos deuses por sua devoção.
 
Em “Mortal Beloved”, Gabrielle não faz nada exceto controlar o portão entre a eternidade e o mundano, representando calma = Alcíone; ou mais do que sempiternidade, segundo o escritor e filósofo latino Boécio (475-524 d.C.). Isso explica a perfeição das imagens ao estilo de Maxfield Parrish enquanto ela mexia a água do lago.
 
Na numerologia/astrologia da pirâmide, Alcíone, a estrela mais brilhante nas Plêiades, é uma referência importante para alinhar o significado das passagens nas paredes das pirâmides.
 
Água parada representa o reino oculto, em geral.
 
Quando Xena e Gabrielle foram para a Índia, os roteiristas perderam a chance de fazer uma conexão entre o simbolismo de “Mortal Beloved” e a astrologia hindu: Krittika (Alcíone 2-Plêiades) é associado a tipos ardentes, cheios de energia criativa, altamente ambiciosos, dedicados ao serviço divino, auto-motivados e que “pensam grande”. Krittika é o nome de uma Shakti, que é a mãe divina hindu. Shakti também foi o nome da futura encarnação de Gabrielle. Teria sido perfeito se “Between The Lines” tivesse feito referência a “Shakti Krittika”, pois assim Gabrielle teria mantido sua imagem de Alcíone da astrologia grega para a hindu.

Análise do Episódio

Ao aprofundar a análise deste episódio de “Xena: A Princesa Guerreira”, inspiramo-nos no texto sobre mitologia publicado no Whoosh, explorando as camadas de significado entrelaçadas na narrativa. Este exame detalhado revela como elementos clássicos são tecidos na trama, ressonando com temas universais de amor, perda, e redenção, enquanto destacamos a dualidade de Hades e o uso simbólico do Lago Alcíone.

R.J. Stewart, ao empregar o Lago Alcíone como um portal mítico para o Submundo, não apenas presta homenagem às fontes mitológicas clássicas, mas também aprofunda a jornada de Xena e Gabrielle, explorando temas de transição, transformação e redenção. Esta escolha narrativa, juntamente com a serena espera de Gabrielle, não só evoca a paciência da Alcíone mitológica, mas também reflete a conexão emocional e espiritual profunda entre as protagonistas.

A inclusão de elementos como a água parada simbolizando o reino oculto enriquece a narrativa, ampliando o escopo da aventura de Xena para além do físico e adentrando o metafórico. A possível conexão com a astrologia hindu, embora não totalmente explorada na série, sugere uma camada de significado que transcende o imediato, vinculando Gabrielle à figura de Alcíone através de diferentes culturas e tradições.

Ao posicionar Gabrielle no papel de Alcíone, o subtexto entre Xena e Gabrielle transborda para o hipertexto, sublinhando uma complexidade nas relações apresentadas. Esta análise, fundamentada no estudo de mitologia do Whoosh, não apenas destaca a maestria narrativa em entrelaçar o antigo com o novo, mas também a importância de decifrar as camadas de significado que definem as dinâmicas entre os personagens. Assim, ao reconhecer a fonte de nossa inspiração, apreciamos ainda mais a habilidade de Stewart em criar uma obra que, ao mesmo tempo em que se aprofunda nas raízes mitológicas, explora as nuances dos relacionamentos complexos e multifacetados em “Xena: A Princesa Guerreira”.

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