Advogado do Diabo

4 - 6 minutes readAté tu?!? Um cego a frente das fileiras romanas. Um braço direto apunhalado e traidor!

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                                                          Por Shion Malfoy

 

 

Merry Christmas caros leitores da RX!!! E aí, vão comer peru no Natal??? Subtext off, juro!!!

Graças aos deuses chegamos a dezembro bem, e o Advogado do Diabo continua com gosto de gás, já em sua 6ª edição. Uma edição muito especial!

Além de ser final de ano, teremos um AdD DUPLO! Sei que prometi um TRIPLO para vocês na edição passada, mas perdoem-me. Equivoquei-me quando falei do ”general apaixonado”… ele deverá ficar para depois, já que a minha atual professora de história clássica, Dona Chapo, ainda vai falar sobre ele em seus fabulosos artigos.

E enquanto minha amiga dá sua aula de história, eu vou com meu trabalho de colocar os vilões de XWP em cheque e tentar uma redenção a eles.

Seguindo o roteiro, quem senta hoje no primeiro banco dos réus desse mês é Brutus, o braço direito (e esquerdo também) e quase filho de César.

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Brutus – O maior general que Roma já viu

Como um dos principais generais de Roma, Brutus apareceu muito na série. Desde Destiny, episódio da segunda temporada que mostrava o início da vida de Xena na crueldade como pirata, ele estava lá, figurando ao lado de César.

Brutus foi criado e educado por César. Para um jovem, ver os ”grandes” feitos de alguém que considera um pai é algo para se espelhar. Suas atitudes eram completamente influenciadas pelo ditador. César tinha várias ideias revolucionárias e interessantes, que poderiam mudar Roma para melhor. E Brutus, como um fiel seguidor e tendo as mesmas visões dele, o via como a saída certa para os problemas do Estado.

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Sexo, Amor e Traição… Ou melhor, tira o sexo, claro!

Se ele dizia que punir piratas que o sequestraram era certo, então era mesmo!

Podia ser um castigo cruel, mas Brutus consentia porque, além de acreditar fielmente em seu superior, ele era um general do exército romano e devia cumprir ordens.

Podia ser uma fé cega, acreditar em alguém sem nem duvidar nem um pouco de seus princípios, mas era essa a referência maior que Brutus tinha ali. De todos os lados afloravam ditadores corruptos e decididos a continuar a selvageria do mundo. César parecia ser o caminho perfeito, a imagem mais propícia para uma mudança. Porque esses eram seus desejos também: ver uma Roma democrática com a República que seu pai supostamente instalaria.

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O tratado de paz… crepitou junto com toda a confiança do general

Ele era um guerreiro, um bom guerreiro. Mas, além disso, ele era um idealista. Em Endgame, ele mostra ser muito mais que um puxa saco. Ele estava se infiltrando no campo de Pompeu, num plano arquitetado por César para derrotar o vilão magnífico. Pompeu era um desgraçado e capturava amazonas para fazerem-nas escravas. Brutus não queria isso, tanto que propôs o tratado de paz com Gabrielle. Ele só estava fazendo aquilo, matando pessoas ”inocentes”, pois acreditava que fazia parte do plano de César, e a aliança seria bem recebida por ele. Mas não foi bem o que pensava…

Brutus foi traído covardemente por César. A aliança seria um ponto alto para o governo republicano, pois nem as Amazonas perturbariam os romanos, e nem eles as matariam. E César queimou o papel do acordo bem na frente de seu afilhado. Até o momento ele era o sonho do novo mundo para o general.

Mas esse sonho ruiu bem na sua frente. Xena e Gabrielle iriam ser crucificadas. Brutus sentiu-se culpado, na opinião pessoal do Advogado, pela primeira vez em toda sua vida. Ele sentiu-se culpado pelas futuras mortes das heroínas como também por ter permitido tantas mortes ”inocentes” por todos esses anos. E tudo debaixo do seu nariz.

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A culpa da morte das heroínas?!

 

Outro ponto que queria tocar era que ele foi corajoso o suficiente para tentar contornar a situação, tarde demais, apunhalando César e tornando-se quase um herói. Só que ele não sabia que a morte do ex-futuro imperador acarretaria num revés ao status do Império Romano.

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A apunhalada final

Causou mais guerra e mais mortes. Mas ele tentou. O assassinato de Cleópatra foi uma medida desesperada, precipitada até, de não ver que seus sonhos se realizaram, de ver que matou seu pai traidor e nenhum bom resultado apareceu em Roma.

A fé o cegou e o matou no final. Sei que muitos, principalmente os fãs de Gabrielle, não o perdoam por todo o sangue que ele causou na loirinha naquele barco no rio Nilo. Mas eu vejo Brutus como alguém que não teve sorte, não teve uma família ou uma alma gêmea que o guiasse para o caminho certo, um ponto de equilíbrio, e a única referência que tinha demoliu numa rede de mentiras e traições.

Para finalizar, muitos dizem que César era Roma. Mas não acho. Em minha opinião, Brutus ERA Roma! O general não era ninguém poderoso e nem influenciador de massas. Mas desejava o melhor para o mundo, e para seu povo e seu país. Mesmo com todos os erros ou acertos que cometeu, ele lutou e morreu por Roma. Porque ele era a imagem dela. A imagem correta – e idealizada – de Roma.

Bom, é isso aí pessoal. O general cego está sob o julgo de vocês. VOTEM e COMENTEM, que é muito importante para nós colunistas, nos dar forças para continuar produzindo textos cada vez melhores.

E depois voltem para a página do AdD e confiram a defesa do tal romano que tem um destino a ser traçado… a não ser que Xena esteja no caminho, né! Até mais

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